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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Pensamento da Semana


                “Tudo na nossa vida é um reflexo de alguma escolha que fizemos.

                Se queremos resultados diferentes, façamos uma escolha diferente!”

 
      Este é o pensamento desta semana!

     Quantos de nós leem esta frase e param para refletir nela? Quando digo “refletir”, refiro-me àquele mergulho bem lá ao fundo de nós próprios, aquele sítio onde surgem as questões existenciais, como “O que faço aqui?”, “Quem sou eu?”, ou “Qual o meu propósito de vida?” …

     Dar este mergulho é assustador, sem dúvida. Melhor é simplesmente dizer: “Que frase interessante…” e passar à próxima tarefa do dia. Afinal, temos tanta coisa para fazer e tão pouco tempo...

     E se parássemos para refletir um pouco? O que poderíamos retirar deste exercício?

     Autoconhecimento sem dúvida. Este conceito de que somos responsáveis pela nossa realidade tem vindo a ser repetido ao longo da história da humanidade de formas diferentes, por fontes diferentes, com palavras e imagens diversas, no entanto, de uma forma um pouco enigmática, também. Não vou estender-me sobre as razões que nos têm levado a ignorar ou ridicularizar o conceito, vou antes fazer aqui um convite. Em vez de descartar, sem dar hipótese, que tal debruçarmo-nos um pouco sobre o que aqui se pretende transmitir, e como podemos efetivamente alterar alguma coisa que nos esteja a incomodar?

     Um dia estava num grupo a debater este conceito e alguém me deu uma imagem que fez muito sentido e me tem ajudado muito. Razão pela qual vou aqui partilhá-la na esperança que faça o mesmo por quem ler estas palavras.

     A ideia é simples, e vem desde o tempo da Bíblia: “Aquilo que semearmos, colheremos!”

    Até aqui tudo certo. Semeamos batatas, colhemos batatas. Acontece porém que, às vezes, semeamos batatas mas entretanto decidimos que gostamos mais de cenouras... será que isso vai fazer com que aquelas batatas simplesmente se transformem em cenouras? Claro que não! Teremos de aceitar as batatas pois, afinal, cumpriram com a sua parte, e recomeçar o trabalho de plantação, semeando desta vez cenoura, claro que convém ter a certeza que não vamos voltar a mudar de ideias novamente a meio do processo para não voltar a passar pela frustração de colher o que não se quer! Entretanto a responsabilidade das batatas não serem cenouras , é das batatas ou nossa que as semeamos?

Se transferirmos esta imagem para as nossas vidas será que poderemos encontrar situações em que semeamos uma coisa mas queríamos receber outra?  Outras situações há em que achamos que semeamos algo e que não estamos a receber o equivalente ...

     Por exemplo,é fácil de entender que se tratarmos as pessoas bem seremos bem tratados... ou não???  Todos nós conhecemos pessoas bondosas, generosas, doces e gentis que têm vidas que são tudo menos fáceis. E aqui se aplica a frase deste pensamento: Se quer resultados diferentes, faça diferente! Mas se são pessoas com tantas características positivas já estão a fazer tudo, certo?  E o contrário também se verifica e é tão irritante!!

     É aqui que o tal mergulho, que sugeri no início, ganha sentido! Fazer esta introspecção ajuda-nos a analisar os nossos pensamentos e sentimentos, a avaliar até que ponto estamos de facto a ser bondosos, generosos, doces e gentis com a pessoa mais importante da nossa vida – NÓS PRÓPRIOS!  A verdade é que somos os nossos críticos mais duros, tratamo-nos com excessiva severidade quando “falhamos”, não nos perdoamos quando cometemos um deslize e se pensarmos que a nossa realidade é o reflexo do clima interior, então, talvez isso nos ajude a entender que está na hora de sermos um pouco mais compreensivos connosco, da mesma maneira que somos com os nossos amigos ou familiares quando eles procuram o nosso apoio.

     Da próxima vez que aquele pensamento de autocrítica surgir, respire fundo e faça a si o comentário delicado e compassivo que faria a alguém que ama muito e que quer ver bem!
                                                                                Mónica Loureiro

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