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terça-feira, 5 de abril de 2022

Todos pela Paz!

 

Ontem de manhã, o azul e amarelo foram as cores da Escola Básica do Castro. Vivemos um momento de união pela Paz.  Visível, a partir do céu, as palavras Todos pela Paz formaram-se numa bandeira humana da Ucrânia constituída por todos os elementos da comunidade educativa, que se quer de valores, de princípios éticos e de contribuição e envolvência para o todo. Os nossos alunos, pais e encarregados de educação, desde que iniciamos a campanha de recolha de bens para a Ucrânia, têm estado atentos às necessidades de um povo que agradece a ajuda de todos. Com a sua generosidade têm demonstrado, que somos todos um: hoje são eles, amanhã poderemos ser nós!  Esta atividade teve como objetivo agradecer essa contribuição valiosa, que para além de ser imprescindível para a Ucrânia ,é também um modelo dos valores que desta forma os pais e encarregados de educação passam aos seus educandos. Também a escola pretende contribuir para uma consciencialização da importância da paz e do papel e responsabilidade que todos temos na promoção da harmonia nas nossas relações com os outros.

 

Este momento iniciou-se com um minuto de silêncio, seguindo-se a leitura e reflexão de textos escritos por alunos do 2º e 3º Ciclos, apelando à solidariedade e à Paz no Mundo.

A Paz sem Vencedor e sem Vencidos

Temos sido invadidos, nas últimas semanas, por imagens e notícias da guerra que, como todas as outras, destrói, limita, humilha e faz sofrer, em especial, os mais pobres, os mais débeis e os mais abandonados. A guerra nunca será o caminho da paz, por muito que os mais poderosos nos tentem convencer disso. Ela é feita com armas e ódios que destroem e o mundo precisa de amor e de diálogo que construa.

Sophia de Mello Breyner, num poema que é como que uma prece pela paz diz: “Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos / A paz sem vencedor e sem vencidos”. Esta paz que Sophia pede não pressupõe guerra, nem ódio, nem mortes e nem destruição. É a PAZ pela PAZ!

Sophia, neste mesmo poema não pede o fim da guerra, mas simplesmente a PAZ. Ela diz: “Dai-nos a paz que nasce da verdade / Dai-nos a paz que nasce da justiça / Dai-nos a paz chamada liberdade”. Esta é a paz que tem que estar sempre connosco e que devemos construir, diariamente, com todos os que nos rodeiam. Para ela existir e perdurar temos de a querer, temos de a desejar e, principalmente, temos de a construir à nossa volta. Uma tarefa que tem de começar em cada um de nós, porque a paz deve ser edificada, mas também preservar já que ela, apesar de ser forte e trazer harmonia, também é frágil e desfaz-se com facilidade.

Devemos ter consciência plena de que a paz no mundo começa se agirmos com gentileza para com os outros, se respeitarmos a sua forma de ser, de agir e de pensar, a sua dignidade e liberdade e soubermos, sempre, que esse outro é quem está próximo de nós, na nossa casa, na nossa rua, na nossa escola, no nosso mundo!

O ataque, a violência, a destruição e a morte nunca serão a solução para nada! O mundo precisa de construtores de paz! De pessoas tolerantes e solidárias. A nossa vida tem de ser um tempo em que possamos crescer e viver sem a palavra “inimigo”. A paz tem de ser um património da humanidade, ambicionado, assumido e sustentado na partilha e na solidariedade e se assim não for perde o mundo e perde o futuro. Perdemos todos!

No seu poema, Sophia de Mello Breyner, que era crente, pediu a Deus uma paz sem vencedores nem vencidos, mas não é preciso acreditar em Deus para ser promotor de paz. Basta ser humano!

Nestes dias, a nossa humanidade e espírito solidário estão voltados para o povo ucraniano que sofre este pesadelo da guerra. A recolha e entrega de bens e o simbolismo da bandeira são uma marca relevante da nossa ação em favor da Ucrânia, mas o diálogo, a tolerância e a verdade são os valores que nos podem conduzir à paz!

À verdadeira PAZ.

 

(Texto feito na aula de Português da Turma 9B1, depois da análise do poema “A Paz sem Vencedor e sem Vencidos” de Sophia de Mello Breyner Andresen)

 

Na minha opinião, esta guerra é injusta para a Ucrânia. As crianças têm que interromper a escola e fugir. Os habitantes da Ucrânia têm de abandonar as suas casas e os seus bens. Deixam tudo para trás, para fugir das bombas e de um presidente que não sabe o que é o amor de família…

 Ana Peixoto 5º C1

 

As guerras são conflitos que provocam consequências desastrosas para os países direta ou indiretamente envolvidos.

No passado dia 24 de fevereiro a Rússia invadiu a Ucrânia, trazendo a guerra para o continente Europeu.

Na minha opinião, esta guerra, assim como qualquer outra, não faz sentido e trará graves consequências.

Em primeiro lugar, a guerra provoca muitas mortes, feridos e traumas nos soldados e famílias.

Em segundo lugar, haverá graves prejuízos para a economia, não só da Ucrânia, mas também mundial.

Em terceiro lugar, as guerras provocam a destruição de edifícios, monumentos, pontes, estradas que demoram a ser recuperados e nem sempre é possível fazê-lo.

Em conclusão, penso que para resolver os conflitos se deveria recorrer ao diálogo, pois a guerra provoca mais problemas do que soluções.

Constança Araújo, 5º B1

 

Na minha opinião, a Rússia não devia ter atacado a Ucrânia, pois esta guerra poderá vir a tornar-se algo mais grave. Vladimir Putin (Presidente da Rússia) é um sem coração, porque manda tropas atacar e mísseis enquanto dezenas de pessoas inocentes morrem.

Eu acho que alguns Russos não querem guerra, mas também acho que alguns são a favor da guerra e atacam a Ucrânia com um sorriso no rosto.

A Ucrânia tem vindo a surpreender muito, por ter uma grande coragem e tentar defender o seu país e isso dá-me muito orgulho dos Ucranianos. Eu apenas desejo Paz para a Ucrânia. Parem com a guerra, por favor!

Maria 5º C1  

Por último, todos os alunos, em simultâneo, ergueram as cores amarela e azuis ao som da música  “Somewhere over the Rainbow”formando a bandeira ucraniana. Desejamos que este nosso humilde contributo possa espalhar-se pelo mundo de forma a que a união prevaleça no coração da humanidade.




quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Salvo pela Gentileza

 

Conta-se uma história de um empregado de refrigeração da Noruega. Certo dia, no final do turno de trabalho, foi inspecionar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, a porta fechou- se e ele ficou preso dentro da câmara. Bateu na porta com força, gritou por socorro, mas ninguém o ouviu, todos os outros empregados já tinham saído e regressado às suas casas e era impossível que alguém o pudesse ouvir. Já estava preso quase há cinco horas e bastante debilitado com a temperatura insuportável.

De repente a porta abriu-se e o segurança entrou na câmara e resgatou-o com vida.

Depois de ter sido salvo o empregado perguntou ao segurança porque é que este tinha aberto a porta da câmara se isto não fazia parte da sua rotina de trabalho...

E ele explicou:

- Trabalho nesta empresa há 35 anos, centenas de empregados entram e saem daqui todos os dias e o Senhor é o único que me cumprimenta ao chegar de manhã e se despede de mim ao sair.

Hoje, pela manhã, disse “Bom dia” quando chegou. Entretanto não se despediu de mim na hora da saída. Imaginei que poderia ter-lhe acontecido alguma coisa. Por isto procurei- o e encontrei-o...

Conclusão: gentileza gera gentileza






terça-feira, 9 de novembro de 2021

Quanta bondade e gentileza existe nos anjos das nossas vidas? E nós seremos anjos para alguém?

 

Os anjos são de carne e osso.

 

Os anjos são de carne e osso. Os olhos são grandes ou pequenos, amendoados às vezes ou às vezes rasgados, azuis ou verdes ou castanhos e às vezes pretos, mas são daqueles olhos que têm raízes na alma e nunca olham só para o lado de fora das coisas. Os olhos dos anjos veem por dentro do nosso corpo e atravessam a nossa pele e as nossas defesas para olhar por nós. Os olhos dos anjos trazem aquela luz que só a bondade dá e por isso nunca olham só por olhar e mesmo quando adormecem – os anjos também dormem – nunca fecham os olhos a quem a vida quer trancar na solidão ou na tristeza. Os anjos, mesmo quando adormecem, porque os anjos também dormem, velam o sono daqueles a quem a vida tirou o colo. Os anjos são de carne e osso e têm dois braços e duas pernas como toda a gente e também têm asas. Não se veem, mas sentem-se. Às vezes, porque nem sempre os nossos olhos conseguem ver aquilo que não se vê, pensamos que a brisa que nos despenteia é um sopro do vento, mas não é. É um anjo que anda perto. Os anjos têm um par de asas suplente para emprestar a quem traz as suas cansadas ou a quem perdeu as suas lá atrás, nos vendavais da vida, e são tão habilidosos a colocá-las nas nossas costas que o peso que carregávamos às costas desaparece e ficamos mais leves. Os anjos são de carne e osso e têm gargalhadas luminosas. Misturam-se na multidão para não darem nas vistas e poderem ajudar sem que as pessoas percebam. As pessoas têm a mania de dizer que não precisam de ajuda, sobretudo quando mais precisam. Há anjos que caminham depressa e outros devagar – alguns caminham uns centímetros acima do chão, mesmo quando deixam as asas em casa, porque quem aprende a voar nunca esquece, é como andar de bicicleta – mas, se nós pararmos, eles reparam e lá vem aquela brisa a passar-nos a mão no rosto e a dizer-nos que vai ficar tudo bem.

 

Texto: Elisabete Bárbara

 

 

Ilustração de Ankakus



segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Pequenos gestos, grandes resultados!

  

Hoje trazemos um vídeo, mais uma vez para cultivar o mote da semana: “Gentileza” que passa por pensamento coletivo, solidariedade, olhar para o outro e ver para além do visível.

Trata-se de uma curta-metragem da autoria de Ahmed Elmatarawi que em apenas 3:52 minutos nos deixa uma mensagem poderosa e um final surpreendente. Divirtam-se e claro, lembrem-se que gentileza gera gentileza!




quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Uma pequena história ternurenta para animar corações

O cuidador de corações


- O que é que fazes?

- Sou cuidador de corações.

- Cuidador de corações?

- Sim.

- E o que é que faz um cuidador de corações?

- Quando os corações estão feridos ou magoados, precisam de alguém que os ouça. Eu ouço. Precisam de ternura. A ternura ajuda a cicatrizar as feridas. Quando os corações estão partidos, precisam de alguém que os ajude a apanhar os bocadinhos que caem no fundo da alma. Eu ajudo. Quando os corações estão pisados, precisam de alguém que lhes dê colo. Eu dou. Quando não conseguem adormecer, eu embalo-os e conto-lhes histórias. Conto histórias do que será. Os corações precisam de esperança… Quando os corações estão desanimados, eu abro o meu e mostro-lhes que há sempre uma razão pela qual um coração tem de bater.


Elisabete Bárbara, in lado.a.lado

Ilustr. Charles H. Geilfus






terça-feira, 5 de outubro de 2021

Feliz dia do professor na esperança de dias melhores e mais auspiciosos! 🙏


Professores!

A minha profissão, aquela que abracei convicta do trabalho, dos desafios e das horas extras (muitas) que lhe ofereceria se quisesse fazer um trabalho que envolvesse e resultasse, ainda que minimamente nalguns casos, para todos os meus alunos.

Já lá vão 26 anos e nunca ninguém me leu uma palavra de queixume, revolta ou o que quer que seja, nas redes sociais. A minha luta é outra e noutros locais! No entanto, há sempre uma primeira vez! Hoje, ao ler esta notícia, não resisti à caneta e, da caneta até aqui, foi um saltinho.

Foram tantos anos a ouvir que eu era uma privilegiada e, afinal, a profissão com privilégios acima da média e que incomoda muita gente, poucos a querem ou nenhuns (a bem dizer). O que vale é que o tempo, esse conselheiro magnífico, vai sempre repondo cada coisa no seu devido lugar. Tantos e tantos conhecidos meus, ao longo destes anos, tentaram encetar conversas acerca desta profissão com horários, férias, regalias e salários extraordinários... tantos e tantos cidadãos desconhecidos destilaram veneno e continuam a proferir comentários grosseiros e infundados em tudo o que seja post ou página sobre o assunto... E falo dos conhecidos e desconhecidos, porque os amigos (aqueles que fazem jus à verdadeira aceção da palavra) conhecem bem a realidade e sabem bem do que a casa gasta...

Nos primeiros anos, ainda tentava argumentar e explicar as imensas facetas/tarefas/dimensões subjacentes a esta profissão (atualmente, são muitas mais e as “mãos” escasseiam para tanta medida)... depois, percebi que estava “a bater no ceguinho” em vão e deixei-me disso, era a primeira a concordar com eles. Assunto arrumado!

Mas a vida é engraçada. Muitos deles viram irmãos, amigos e familiares queridos seguirem esta profissão. Outros, muitos deles oriundos daqueles que mais “assobiavam” casaram ou (re)fizeram as suas vidas com professores e o discurso, claro está, com o decorrer dos anos, passou a ser diferente! Nada como calçar os sapatos do outro.

Agora já dizem: o meu horário é flexível desde que cumpra; faço muitas horas mas são pagas; trabalho ao fim de semana mas sou remunerado por isso; tenho de estar disponível mas reconhecem; vou a uma reunião ou formação mas as despesas são pagas; e fico-me por aqui, teria muitos exemplos para acrescentar... E sim, concordo! É assim que deve ser! Quando prestamos serviços à nossa entidade patronal, esta deve saber reconhecer e retribuir na mesma proporção.

O professor, no seu dia a dia também faz isso tudo: está disponível 16h por dia (alturas há em que é bem mais); trabalha todos os dias em casa para a sua profissão, inclusive fins de semana; faz formação contínua; vai trabalhar para longe da sua residência; mas fá-lo com o seu salário base que, ainda por cima, viu emagrecer consideravelmente de 2006 a esta parte e, a partir daí, a sua carreira foi para o brejo. Dizer que é reconhecido por isto ou por aquilo é algo que um professor não pode dizer, infelizmente!

Neste momento, pode dizer-se que quem está nesta profissão ou o faz por GOSTO ou então... ...

Só que o GOSTO, quando a balança está sempre em desequilíbrio para o mesmo lado, satura e vai causando mossas aqui e acolá.

É pena que a EDUCAÇÃO esteja a ser tratada assim, com todo este desmerecimento! O terreno é árido, mas desistir também não é solução.

Feliz dia do professor na esperança de dias melhores e mais auspiciosos! 🙏

Cristina Martins (docente no Agrupamento de Coronado e Castro)

                                                            Notícia disponível aqui





sexta-feira, 17 de setembro de 2021

O grandioso “Atelier” que é a ESCOLA! Autora: Cristina Martins - docente de Português e Francês no nosso Agrupamento

 Uma das paixões que (ainda) me move! 💜💪🍀🦋🌹

Amanhã, será um grande dia - o início do ano letivo na maior parte das escolas.

Como professora, é um marco importantíssimo e de grande entusiasmo – o de acolher, novamente, aqueles que já eram meus alunos bem como aqueles que o serão, este ano, pela primeira vez.

Sinalizo-o, convosco, com esta passagem do discurso que o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo fez, ontem, aquando da sua visita a uma escola onde estudou.

“E vim encontrar paz aqui, neste Liceu. Essa paz foi-me transmitida, muito pelos professores e é isso que vos quero dizer enquanto professores. Os senhores são o verdadeiro fermento da evolução, a farinha são os alunos“.

Este ano, para muitos professores, vários recomeços se avizinham: novas escolas, novos locais, mas também novas dinâmicas, às quais se associam outras ainda mais recentes, que resultam das transformações e adaptações de que a Escola está a ser alvo, decorrentes de um mundo em constantes progressos e alterações.

Para muitos (e também eu me incluo aí), o final do ano letivo transato já foi um recomeço, um ir largando os “velhos trajes” para me moldar aos “novos”. Estas duas semanas, têm sido a continuação desse trabalho, uma aprendizagem constante, um manuseamento cada vez melhor, mas ainda a medo, dos “utensílios” e da “matéria-prima” que nos foi chegando, para que todos se encaixem, o melhor possível, nas “novas vestes” que alguém sonhou e que, no terreno, cabe a nós, professores, preparar, cimentar e fazer acontecer. Tudo isto, precisamente, porque TODOS OS NOSSOS ALUNOS IMPORTAM e para que consigamos dar-lhes, a eles e aos seus pais/encarregados de educação, um recomeço assente em Serenidade, Segurança, Equidade e muita Paz!

Um BOM ANO para todos os que, direta ou indiretamente, fazem parte deste diverso e grandioso “Atelier” que é a ESCOLA!

Autora: Cristina Martins