Nos dias 14, 15,16,18,28 e 29 de março as escolas do
1º ciclo do nosso Agrupamento receberam este escritor/apicultor que desenvolveu
a atividade Artes & Ofícios: Apicultor e apresentou os seus livros da
coleção “Cuscas” Foram 10 escolas: 789 crianças em 18 sessões
em que o autor alertou as crianças para a importância das abelhas e para a
necessidade da sua proteção. Nestas sessões, o autor Paulo Santos também deu a
conhecer a faceta de Apicultor. Através de um vídeo, as crianças aprenderam o
ciclo das abelhas, a identificação das várias espécies, abelhas operárias,
rainha e zangões, bem como o seu nascimento e tempo de vida, especificando as
funções de cada uma. Em simultâneo, houve uma apresentação ao vivo de abelhas a
trabalhar numa colmeia em vidro. No final da sessão, o autor, vestido com fato
de apicultor, deu a provar o delicioso mel fabricado pelas abelhas, em formato
de chupa-chupa. Estas sessões tiveram a duração de uma hora e trinta minutos e,
se mais tempo houvesse, mais questões e curiosidades teriam sido esclarecidas.
E assim se passaram, 21 dias de poemas que foram surgindo
com o contributo de muitos, em português, em inglês, em francês, para ler, para
ouvir, para cantar, com imagens, em vídeo ou simplesmente texto. Cada um com o
seu mistério, com o seu encantamento, mais simples ou mais complexo. Hoje para
encerrar este desafio falamos de amor… o amor que tudo move, tudo pode e tudo
cura, o amor que na sua ausência tanto estrago faz, o amor que é simples, mas
não é fácil!
Obrigada a todos pela participação neste desafio, isso só
faz sentido com todos e para todos!
Despedimo-nos com 6 interpretações diversas do poema Amar
de Florbela Espanca.
Dia 20: Poesia e filosofia de mãos dadas nos mergulham na
alma, através do grande Agostinho da Silva, e tudo revolucionam, assim o
permitamos… e quanta libertação daí pode surgir, libertação do “mesmismo”, da
rotina, do “inadiável” que sufoca e oprime….
Queria que os Portugueses
Queria que os portugueses
tivessem senso de humor
e não vissem como génio
todo aquele que é doutor
sobretudo se é o próprio
que se afirma como tal
só porque sabendo ler
o que lê entende mal
todos os que são formados
deviam ter que fazer
exame de analfabeto
para provar que sem ler
teriam sido capazes
de constituir cultura
por tudo que a vida ensina
e mais do que livro dura
e tem certeza de sol
mesmo que a noite se instale
visto que ser-se o que se é
muito mais que saber vale
até para aproveitar-se
das dúvidas da razão
que a si própria se devia
olhar pura opinião
que hoje é uma manhã outra
e talvez depois terceira
sendo que o mundo sucede
sempre de nova maneira
alfabetizar cuidado
não me ponham tudo em culto
dos que não citar francês
consideram puro insulto
se a nação analfabeta
derrubou filosofia
e no jeito aristotélico
o que certo parecia
deixem-na ser o que seja
em todo o tempo futuro
talvez encontre sozinha
o mais além que procuro.
Agostinho da Silva, in 'Poemas'
Vida
Três votos fará aquele
que não ser tolo decida
e venha deles primeiro
o de obediência à vida
será o segundo a vir
o de não querer ser rico
o muito passe de largo
o pouco lhe apure o bico
não violar-se a si próprio
como principal o veja
alto ou baixo gordo ou magro
assim nasceu assim seja.
Agostinho da Silva, in 'Poemas'
Sonho
Teria passado a vida
atormentado e sozinho
se os sonhos me não viessem
mostrar qual é o caminho
umas vezes são de noite
outras em pleno de sol
com relâmpagos saltados
ou vagar de caracol
quem os manda não sei eu
se o nada que é tudo à vida
ou se eu os finjo a mim mesmo
para ser sem que decida.
Agostinho da Silva, in 'Poemas'
Escolher a Felicidade
Nem paz nem felicidade se recebem
dos outros nem aos outros se dão. Está-se aqui tão sozinho como no nascer e no
morrer; como de um modo geral no viver, em que a única companhia possível é a
daquele Deus a um tempo imanente e transcendente e a dos que neles estão, a de
seus santos. Felicidade ou paz nós as construímos ou destruímos: aqui o nosso
livre-arbítrio supera a fatalidade do mundo físico e do mundo do proceder e
toda a experiência que vamos fazendo, negativa mesmo para todos, a podemos
transformar em positiva. Para o fazermos, se exige pouco, mas um pouco que é na
realidade extremamente difícil e que não atingiremos nunca por nossas próprias
forças: exige-se de nós, primacialmente, a humildade; a gratidão pelo que vem,
como a de um ginasta pelo seu aparelho de exercício; a firmeza e a serenidade
do capitão de navio em sua ponte, sabendo que o ata ao leme não a vontade de um
rei, como nos Descobrimentos, mas a vontade de um rei de reis, revelada num
servidor de servidores; finalmente, o entregar-se como uma criança a quem sabe
o caminho. De qualquer forma, no fundo de tudo, o que há é um ato de decisão
individual, um ato de escolha; posso ser, se tal me agradar, infeliz e inquieto.
Agostinho da Silva, in 'Textos e Ensaios Filosóficos'
Ao longo da semana as nossas bibliotecas: a "Casa de
Aprender" e a Biblioteca do Castro receberam a 2ª eliminatória do CONCURSO
DE LEITURA em Português, Inglês e Francês para as turmas do 2.° e 3º ciclos. Os júris tiveram a sua vida dificultada pela
grande qualidade dos candidatos que desfilaram ao longo destas sessões. A
sessão que decorreu esta manhã na EBS de Coronado e Castro foi abrilhantada com
os magníficos chapéus elaborados por alunos, professores e assistentes
operacionais para a atividade coordenada pelo grupo disciplinar de Inglês "Easter
Bonet Parade"!
Parabéns a todos os participantes!
Os resultados serão divulgados no início do 3.° período, na
biblioteca.
E voltou a acontecer LEITURA EM MOVIMENTO na nossa
"Casa de Aprender"... desta vez como intróito da 2.a eliminatória do
Concurso de Leitura para as turmas do 2.° ciclo da nossa EBS de Coronado e
Castro e abrilhantada com os magníficos chapéus elaborados por alunos,
professores e assistentes operacionais para a atividade coordenada pelo grupo
disciplinar de Inglês "Easter Bonet Parade"!
Várias vozes para uma leitura partilhada...
PORQUE... Todos os livros são infinitos. Começam no texto e
estendem-se pela imaginação, vale a pena apreciar cada palavra do conto
BIBLIOTECA, que faz parte do livro "Contos de cães e maus lobos" de
Valter Hugo Mãe...
E aconteceu LEITURA EM MOVIMENTO na nossa "Casa de
Aprender"...
Várias vozes para uma leitura partilhada...
PORQUE... Todos os livros são infinitos. Começam no texto e
estendem-se pela imaginação, vale a pena apreciar cada palavra do conto
BIBLIOTECA, que faz parte do livro "Contos de cães e maus lobos" de
Valter Hugo Mãe...
Ontem de manhã, o azul e amarelo foram as cores da Escola
Básica do Castro. Vivemos um momento de união pela Paz.Visível, a partir do céu, as palavras Todos
pela Paz formaram-se numa bandeira humana da Ucrânia constituída por todos os
elementos da comunidade educativa, que se quer de valores, de princípios éticos
e de contribuição e envolvência para o todo. Os nossos alunos, pais e
encarregados de educação, desde que iniciamos a campanha de recolha de bens
para a Ucrânia, têm estado atentos às necessidades de um povo que agradece a
ajuda de todos. Com a sua generosidade têm demonstrado, que somos todos um:
hoje são eles, amanhã poderemos ser nós!Esta atividade teve como objetivo agradecer essa contribuição valiosa,
que para além de ser imprescindível para a Ucrânia ,é também um modelo dos
valores que desta forma os pais e encarregados de educação passam aos seus
educandos. Também a escola pretende contribuir para uma consciencialização da
importância da paz e do papel e responsabilidade que todos temos na promoção da
harmonia nas nossas relações com os outros.
Este momento iniciou-se com um minuto de silêncio,
seguindo-se a leitura e reflexão de textos escritos por alunos do 2º e 3º
Ciclos, apelando à solidariedade e à Paz no Mundo.
A Paz sem Vencedor e sem Vencidos
Temos sido invadidos, nas últimas semanas, por imagens e
notícias da guerra que, como todas as outras, destrói, limita, humilha e faz
sofrer, em especial, os mais pobres, os mais débeis e os mais abandonados. A
guerra nunca será o caminho da paz, por muito que os mais poderosos nos tentem
convencer disso. Ela é feita com armas e ódios que destroem e o mundo precisa
de amor e de diálogo que construa.
Sophia de Mello Breyner, num poema que é como que uma prece
pela paz diz: “Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos / A paz sem vencedor e sem
vencidos”. Esta paz que Sophia pede não pressupõe guerra, nem ódio, nem mortes
e nem destruição. É a PAZ pela PAZ!
Sophia, neste mesmo poema não pede o fim da guerra, mas
simplesmente a PAZ. Ela diz: “Dai-nos a paz que nasce da verdade / Dai-nos a
paz que nasce da justiça / Dai-nos a paz chamada liberdade”. Esta é a paz que
tem que estar sempre connosco e que devemos construir, diariamente, com todos
os que nos rodeiam. Para ela existir e perdurar temos de a querer, temos de a
desejar e, principalmente, temos de a construir à nossa volta. Uma tarefa que
tem de começar em cada um de nós, porque a paz deve ser edificada, mas também
preservar já que ela, apesar de ser forte e trazer harmonia, também é frágil e
desfaz-se com facilidade.
Devemos ter consciência plena de que a paz no mundo começa
se agirmos com gentileza para com os outros, se respeitarmos a sua forma de
ser, de agir e de pensar, a sua dignidade e liberdade e soubermos, sempre, que
esse outro é quem está próximo de nós, na nossa casa, na nossa rua, na nossa
escola, no nosso mundo!
O ataque, a violência, a destruição e a morte nunca serão a
solução para nada! O mundo precisa de construtores de paz! De pessoas
tolerantes e solidárias. A nossa vida tem de ser um tempo em que possamos
crescer e viver sem a palavra “inimigo”. A paz tem de ser um património da
humanidade, ambicionado, assumido e sustentado na partilha e na solidariedade e
se assim não for perde o mundo e perde o futuro. Perdemos todos!
No seu poema, Sophia de Mello Breyner, que era crente, pediu
a Deus uma paz sem vencedores nem vencidos, mas não é preciso acreditar em Deus
para ser promotor de paz. Basta ser humano!
Nestes dias, a nossa humanidade e espírito solidário estão
voltados para o povo ucraniano que sofre este pesadelo da guerra. A recolha e
entrega de bens e o simbolismo da bandeira são uma marca relevante da nossa
ação em favor da Ucrânia, mas o diálogo, a tolerância e a verdade são os
valores que nos podem conduzir à paz!
À verdadeira PAZ.
(Texto feito na aula de Português da Turma 9B1, depois da
análise do poema “A Paz sem Vencedor e sem Vencidos” de Sophia de Mello Breyner
Andresen)
Na minha opinião, esta guerra é injusta para a Ucrânia. As
crianças têm que interromper a escola e fugir. Os habitantes da Ucrânia têm de
abandonar as suas casas e os seus bens. Deixam tudo para trás, para fugir das
bombas e de um presidente que não sabe o que é o amor de família…
Ana Peixoto 5º C1
As guerras são conflitos que provocam consequências desastrosas
para os países direta ou indiretamente envolvidos.
No passado dia 24 de fevereiro a Rússia invadiu a Ucrânia,
trazendo a guerra para o continente Europeu.
Na minha opinião, esta guerra, assim como qualquer outra,
não faz sentido e trará graves consequências.
Em primeiro lugar, a guerra provoca muitas mortes, feridos e
traumas nos soldados e famílias.
Em segundo lugar, haverá graves prejuízos para a economia,
não só da Ucrânia, mas também mundial.
Em terceiro lugar, as guerras provocam a destruição de
edifícios, monumentos, pontes, estradas que demoram a ser recuperados e nem
sempre é possível fazê-lo.
Em conclusão, penso que para resolver os conflitos se
deveria recorrer ao diálogo, pois a guerra provoca mais problemas do que
soluções.
Constança Araújo, 5º B1
Na minha opinião, a Rússia não devia ter atacado a Ucrânia,
pois esta guerra poderá vir a tornar-se algo mais grave. Vladimir Putin
(Presidente da Rússia) é um sem coração, porque manda tropas atacar e mísseis
enquanto dezenas de pessoas inocentes morrem.
Eu acho que alguns Russos não querem guerra, mas também acho
que alguns são a favor da guerra e atacam a Ucrânia com um sorriso no rosto.
A Ucrânia tem vindo a surpreender muito, por ter uma grande
coragem e tentar defender o seu país e isso dá-me muito orgulho dos Ucranianos.
Eu apenas desejo Paz para a Ucrânia. Parem com a guerra, por favor!
Maria 5º C1
Por último, todos os alunos, em simultâneo, ergueram as
cores amarela e azuis ao som da música“Somewhere over the Rainbow”formando a bandeira ucraniana. Desejamos que
este nosso humilde contributo possa espalhar-se pelo mundo de forma a que a
união prevaleça no coração da humanidade.