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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

As escolas do 1.º ciclo na Comemoração do Dia Mundial da Gentileza - " Com a pegada educativa...traçamos o nosso caminho"!


 

Assinalando o Dia da Gentileza e aceitando o convite de participação lançado pela coordenadora de Cidadania e Desenvolvimento do nosso agrupamento, algumas das escolas do 1.º ciclo juntaram-se a esta comemoração e realizaram , nas suas turmas diversas atividades que pretenderam assinalar a data e lembrar a importância dos valores da gentileza e cordialidade no relacionamento interpessoal.

A verdade é que, nesse dia, todos puderam sentir que a gentileza é de facto contagiosa e que quando a praticamos ficamos todos mais leves, mais confiantes, mais atenciosos, mais felizes.

Ficam aqui os registos dessa celebração que foi tão especial!


















quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Com a pegada educativa... traçamos o nosso caminho: Comemoração do Dia Mundial da Gentileza

 

Como já tem vindo a ser hábito e aos poucos se vai tornando uma tradição, na passada segunda-feira, dia 13 de novembro juntamo-nos todos para celebrar a Gentileza.

Nas aulas de OFA/ET/EV e CD, com base no baralho de cartas “O caminho da verdade” de Cristina Poppe falamos de valores e sentimentos numa conjugação de arte e humanidade. O objetivo foi a criação de um caminho coletivo a partir da “Pegada Educativa” formada pela impressão individual que cada aluno colocou na sua “pegada. Nas aulas de Cidadania e Desenvolvimento os alunos apresentaram o valor que trabalharam em OFA/ET ou EV. A turma, orientada pelo professor fez a análise desses valores aprofundando e apropriando-se das características particulares de cada valor/sentimento e como estes se manifestam no seu dia-a-dia. Finalmente depois desta análise, cada turma registou uma pequena reflexão sobre a importância deste tipo de atividades e do contributo das mesmas para a sua evolução pessoal e o impacto que tem na comunidade escolar.

Na Escola Básica do Castro

No dia a escola acordou recheada de valor. Os trabalhos artísticos com as pegadas e o respetivo valor/sentimento realizados por cada turma/ano/aluno preencheram as paredes do átrio da nossa escola, preparando o espaço para a cerimónia de celebração.

Com palavras poéticas demos início a esta festa. De seguida o porta-voz de cada turma partilhou a reflexão que foi realizada coletivamente, apresentando textos de grande profundidade e valor que depois de publicados no blogue poderão reler e relembrar. Encerramos a cerimónia com dois momentos musicais. Duas das vozes talentosas da nossa escola, de ciclos diferentes, encantaram-nos com as suas vozes melodiosas que falavam sobre a importância de nos apoiarmos uns aos outros. Finalmente encerramos em beleza e emoção cantado, todos unidos, o Hino da Gentileza criado pelos alunos desta escola, tornando-se cada vez mais parte de nós, porque todos desejamos contribuir para uma escola onde os valores da humanidade passam da palavra à prática.

Na Escola Básica e Secundária de Coronado e Castro

Neste dia, foi criado um percurso através dos vários espaços da escola com as pegadas criadas por cada um dos alunos nas aulas de OFA/ET/EV e CD que foram coladas por cada aluno. Este percurso conduz-nos ao mural em que cada turma, nas pegadas gigantes aí expostas, afixou o valor/sentimento trabalhado pela respetiva turma nas aulas de Cidadania e Desenvolvimento. Estas mensagens poderão ser sempre lembradas e, desta forma, continuarmos a lembrar a importância de sermos gentis e respeitadores dos valores da humanidade, passando da palavra e da imagem à ação!

A escola ficou ainda mais bonita e recheada de mensagens significativas!

A verdade é que hoje pudemos sentir que a gentileza é de facto contagiosa e que quando a praticamos ficamos todos mais leves, mais confiantes, mais atenciosos, mais felizes.

Ficam aqui os registos da nossa celebração que foi tão especial!


























quarta-feira, 26 de abril de 2023

LEITURA EM MOVIMENTO - ECOS da REVOLUÇÃO dos CRAVOS

 

A Leitura em Movimento aproveitou um desafio lançado pela Câmara Municipal que apelava à criação de textos alusivos ao 25 de abril, para levar esta ação mais longe, dentro das paredes do nosso Agrupamento!

Assim, por estes dias, textos produzidos por alunos de 9º ano das Escolas de Coronado e de Castro serão lidos e disponibilizados pelos vários espaços de ambas as escolas bem como publicados nos várias canais da Escola e Biblioteca Escolar.

Sejamos todos guardiões de abril!

 

“Não te deixes murchar. Não deixes que te domem.

É possível viver sem fingir que se vive.

É possível ser homem.

É possível ser livre livre livre.”

Manuel Alegre, in 𝘖 𝘤𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘥𝘢𝘴 𝘢𝘳𝘮𝘢𝘴




 

Eis alguns dos textos elaborados pelos nossos alunos...


25 de abril, sempre!

Dizem que o vinte e cinco é o número da revolução, da liberdade, da independência. Dizem que, antes, não se conhecia o significado destas palavras, pois eram ensombradas por outras que faziam soar mais poderosas e intimidadoras: limitação, restrição, dominação, submissão, controle, obediência, servidão. Dizem que houve um momento em que tudo mudou: a guerra colonial terminou com o reconhecimento da independência das colónias portuguesas de África, os exilados pelo regime salazarista puderam voltar, foi aprovada a nova Constituição Portuguesa, Portugal inicia o processo de entrada para a Comunidade Económica Europeia, … ou seja, Portugal libertou-se do Estado Novo! Ah! Aquela terrível ditadura que António de Oliveira Salazar instituiu na “Ocidental praia Lusitana”, neste cantinho à beira mar plantado, foi-se. 

A partir dessa data, valores como a tolerância, a igualdade, a liberdade, a justiça, o respeito pelo próximo e a integridade passaram a ser mais falados e tornaram-se mais importantes, substituindo a censura, a discriminação, o medo, a injustiça, a negação, a subjugação, a opressão … 

Esse foi o momento em que o povo lusitano, cansado da humilhação, da subserviência, da guerra e do controlo, juntou-se aos jovens militares que já se encontravam nas ruas, com tanques e carros blindados para fazerem “xeque-mate" ao regime salazarista. Os soldados começaram a ocupar posições no Terreiro do Paço e abriram caminho até ao Largo do Carmo, onde se refugiara Marcello Caetano, sucessor de Salazar. Entretanto, este acabou por se render entregando todo o seu poder a António Spínola.

Com o vinte e cinco de abril, chegou a festa e a vitória. Afinal, uma democracia havia substituído uma ditadura. E a verdade é que, nestes anos todos, depois daquela gloriosa data, o mundo mudou e, com os tempos, mudaram as vontades de muitos, para melhor! No entanto, parece que ultimamente, vários episódios nos deixam alerta e tentam acrescentar enganos às esperanças do povo que fez Abril.

Hoje, a realidade, por vezes é tão dura que, como nos tempos do fascismo, não podemos ignorar o que se está a passar à nossa volta. Onde já se viu um povo tão heroico, virtuoso, magnífico e ilustre, voltar a cometer os mesmos erros que cometeu em tempos? Não nos podemos deixar cair de novo. Não nos podemos deixar levar pelas mesmas falhas, os mesmos descuidos. Não podemos esquecer a valerosa lição que os nossos antepassados nos deixaram com o vinte e cinco de abril. E, por isso, o povo deve estar atento, vigilante. Não pode esmorecer, não se pode cansar de lutar, nem de ter a coragem necessária para enfrentar quaisquer desafios que eclodam. Temos de continuar a cantar Abril, a cantar a Liberdade, a cantar que “o povo é quem mais ordena”. Porque, só quem viveu antes desta revolução é que sabe o que passou; sabe o que é sentir dor, sentir-se oprimido e preso. Este é um ligeiro fardo, que temos de carregar por aqueles que carregaram um muito maior, ambos em prol deste bem maior: o de libertar as gerações futuras de serem censuradas, controladas e oprimidas. Mas, para isso, também temos de contribuir, relembrando este feito incrível e protegendo os valores que com ele aprendemos, a todo o custo, de possíveis ameaças que apareçam, pois, o futuro pede novos desafios todos os dias e, para os enfrentar, precisaremos de união, caráter e exemplo como fizeram a geração dos que, em 1974, estiveram na linha da frente.

 Graças a essa união, somos um País melhor. Graças aos nossos antepassados, somos uma Nação melhor. Graças ao vinte e cinco de abril, conquistamos valores pelos quais vale a pena viver. Um dia de revolta que tem somado dias e dias de vitórias até hoje...  Esta revolução abriu-nos o caminho da Liberdade! Para que possamos continuar a percorrê-lo é imprescindível o respeito pelas liberdades públicas e pelos direitos cívicos! Que nunca permitamos que seja de outra forma! 

25 de abril, sempre! 

 

Rafael Costa, 9ºB

 

25 de Abril

O 25 de abril de 1974 é uma data histórica em Portugal. Foi nesse dia que se deu o fim de um regime ditatorial que governava o país há quase 50 anos.

A “Revolução dos Cravos”, como ficou conhecida, começou com um golpe militar que foi liderado por um grupo de militares de baixa patente, insatisfeitos com a situação política e social de Portugal.

O movimento assumiu proporções maiores e ganhou o apoio do povo português, que saiu às ruas para apoiar a revolução. O clima era de festa e alegria, muitas pessoas distribuíram cravos aos militares como símbolo de paz e de união.

Com o fim do regime autoritário de Salazar, Portugal passou por uma fase de reorganização política e democrática. Novas eleições foram realizadas e uma nova Constituição foi elaborada. A liberdade de expressão e de imprensa foram garantidas e sindicatos e partidos políticos de oposição foram legalizados.

Apesar das dificuldades enfrentadas nos primeiros anos após a Revolução, a população portuguesa conseguiu superar os desafios e consolidar a democracia no país. Portugal é hoje um exemplo de um país livre e democrático.

Esta data é uma data histórica em Portugal, pois marca o fim da ditadura salazarista e a conquista de várias liberdades e direitos. Alguns dos direitos recuperados incluem: liberdade de expressão e de imprensa, liberdade religiosa, direito à greve e à manifestação pacífica, direito à organização sindical, direito ao divórcio, igualdade de direitos para homens e mulheres, direito à educação gratuita e obrigatória até ao 12ºano, direito ao trabalho e à escolha de profissão sem discriminação, direito à saúde e à segurança social e o direito a uma habitação digna e acesso à terra. Todos estes direitos foram integrados na Constituição de 1976, que foi aprovada após a revolução.

O 25 de abril é celebrado anualmente em Portugal como feriado nacional e é lembrado como um marco importante na história do país. É uma data que celebra a luta por liberdade e democracia, que foi travada por uma geração de portugueses que acreditaram na mudança e na possibilidade de um futuro melhor para todos.

Afonso Coelho, nº1, 9ºC1

 

Viva a Liberdade!

Abril, sempre!

O 25 de Abril é uma data bastante importante e que deve ser relembrada para sempre. Este dia deu a liberdade a Portugal e aos portugueses e, no entanto, parece que, ultimamente, os seus valores têm vindo a sofrer alguns atropelos.

O Movimento das Forças Armadas liderou esta revolução com grande parte do povo, tendo a reação do regime vigente sido praticamente inexistente. Segundo relatos, houve poucos mortos e feridos por isso foi uma revolução pacífica em relação às de outros países e outros momentos da nossa história. Todos sabemos como as revoluções podem causar mortes e feridos inocentes às centenas, para além de deixarem os países intervenientes de rastos, a nível político, social e económico. A revolução que derrubou o regime de António de Oliveira Salazar, um dos nomes mais marcantes da história de Portugal, teve início de madrugada e as músicas que marcaram o início dessa revolução foram canções de Zeca Afonso e Paulo de Carvalho que passaram nas rádios portuguesas algumas horas antes do acontecido. Como sabemos, a reação do regime foi lenta e muito pouco eficaz visto que foi derrubado. Alguns dos orgãos deste regime como, por exemplo, Marcelo Caetano, o presidente do Conselho de Ministros, refugiou-se no Quartel do Carmo. Só isto, por si, mostrava que o governo não iria oferecer muita resistência. Depois, os militares começaram a ganhar espaço, a população foi-se juntando aos militares e o que seria um golpe de estado passou a ser uma revolução. A certa altura, uma vendedora de flores começou a destribuir cravos, alguns civis colocaram-no ao peito, mas muitos soldados colocaram a flor que a vendedora lhes havia oferecido no cabo da espingarda que carregavam e, por isso, esta revolução ficou conhecida como revolução dos cravos. De certeza que os mais velhos saberão esta história melhor do que eu e os mais novos, como eu, já a terão ouvido aos avós ou pais numa qualquer reunião de família. Mas regressando ao célebre dia 25 de abril,  ao final da tarde, Marcelo Caetano rendeu-se e entregou o poder ao general Spínola que embora não pertencesse ao Movimento das Forças Armadas não pensava da mesma maneira que o governo acerca das colónias e, finalmente, um ano depois a população portuguesa votou pela primeira vez em liberdade desde há muitas décadas. Depois deste dia tudo mudou: a política, a economia, a sociedade... Com o 25 de abril de 1974 a população começou a poder gozar férias e a descansar , os direitos e os deveres dos homens e das mulheres foram sendo igualados, a educação evoluiu sem constrangimentos nem assuntos proibidos ou livros sancionados... na saúde,  surgiu o Serviço Nacional de Saúde que disponibiliza assistência médica para toda a gente, o vestuário das pessoas mudou, passou a ser mais diversificado e a obedecer ao estilo de cada um, a forma como a religião era vivida evoluiu tal como os fiéis e os padres que acompanharam essas mudanças. E é por causa destas pessoas que lutaram, algumas perdaram a vida, que hoje vivemos em liberdade! Atrevo-me a dizer que a liberdade é, talvez, dos bens mais preciosos que o ser humano pode ter, por isso, devemos sempre lembrar este dia que mudou completamente Portugal e as gentes deste país! Se nos deixaram este fantástico legado, cabe-nos a nós, jovens, fazer de tudo para honrarmos esta dádiva e nunca permitirmos que ela nos seja roubada! 

Como diz a canção:

“Somos um povo que cerra fileiras,

parte à conquista

do pão e da paz.

Somos livres, somos livres,

não voltaremos atrás.

 

Uma gaivota voava, voava,

asas de vento,

coração de mar.

Como ela, somos livres,

somos livres de voar.”

 

Viva a liberdade!

Abril, sempre!

 

Rui Paiva, 9ºB

 

25 de Abril

O 25 de abril é uma data histórica muito importante para o povo português. Neste dia, em 1974, Portugal viveu uma revolução que marcou o fim do regime autoritário e ditatorial do Estado Novo. Esta revolução representou um momento decisivo na História de Portugal, pois permitiu a conquista de importantes liberdades e direitos para os portugueses, bem como o desenvolvimento do país em diversos setores.

Antes do 25 de abril, Portugal era um país marcado pelo autoritarismo, pela censura, pela falta de liberdade de expressão e pela ausência de democracia. O Estado Novo, liderado pelo ditador António de Oliveira Salazar, controlava todos os aspetos da vida dos portugueses, desde a política até à cultura e à religião. O país vivia num clima de opressão e repressão, com milhares de pessoas a serem presas, torturadas e exiladas por expressarem opiniões contrárias ao regime.

A economia portuguesa também sofria com a política do Estado Novo. O país estava isolado do resto do mundo, com uma economia baseada em setores tradicionais, como a agricultura e a pesca. O sistema político autoritário e fechado ao exterior criou uma sociedade estagnada e sem oportunidades, em que muitos jovens não conseguiam encontrar emprego e muitas famílias viviam na pobreza.

No entanto, com o 25 de abril, Portugal iniciou uma nova era na sua História. A revolução trouxe consigo importantes mudanças políticas, económicas e sociais. Foi criado um governo provisório, liderado pelo general António de Spínola, que se comprometeu a conduzir o país para a democracia e a promover reformas económicas e sociais.

Uma das conquistas mais importantes da revolução foi a consolidação da democracia e da liberdade de expressão. O país viu o fim da censura, a libertação de presos políticos e o estabelecimento de eleições livres e justas. Os portugueses puderam finalmente expressar livremente as suas opiniões e participar ativamente na vida política do país.

Outra importante mudança ocorrida após o 25 de abril foi a modernização da economia portuguesa. O país abriu-se ao mundo, investindo em novas indústrias e na educação. O governo criou políticas sociais para ajudar a combater a pobreza, como o Serviço Nacional de Saúde e a Segurança Social.

A revolução de 25 de abril também permitiu que Portugal se aproximasse de outros países europeus e desenvolvesse novas parcerias internacionais. O país aderiu à Comunidade Económica Europeia (CEE), atual União Europeia, e estabeleceu relações diplomáticas com países como os Estados Unidos da América.

Em suma, o 25 de abril foi um momento decisivo na História de Portugal, pois permitiu ao país conquistar importantes liberdades e direitos para os seus cidadãos. A revolução marcou o fim do regime autoritário e ditatorial do Estado Novo, permitindo que Portugal iniciasse uma nova era de democracia e progresso económico e social.

 

Alexandre Josan, nº2, 9ºC1

 

Portugal, um país fechado

Portugal, um país onde a opinião do povo não era ouvida, não era importante e muito menos podia ser expressa livremente. Em 1974 erámos como muitos outros, um país com um regime ditatorial chefiado por António de Oliveira Salazar. Embora afirmasse que o seu regime pretendia restabelecer a ordem e a estabilidade nacional, o que é certo é que também retirou a liberdade do povo português.

Portugal, antes do Estado Novo, era um país bastante atrasado comparativamente a outros, como Espanha. A sociedade portuguesa em 1926 era pobre e pouco instruída, vivia maioritariamente do setor primário e secundário e a sua expectativa de vida rondava os 35/40 anos. Possuíamos uma das mais elevadas taxas de fecundidade da Europa mas a mortalidade infantil era muito elevada. A educação não era uma prioridade, tínhamos uma das mais elevadas taxas de analfabetização da Europa principalmente entre as mulheres, apenas uma em cada quatro sabiam ler. As condições da população eram miseráveis e poucos tinham acesso à rede de esgotos.

Salazar quando ocupou o cargo de ministro impôs políticas de redução de gastos, redução de investimentos em diversas áreas, como a educação e a saúde e aumentou os impostos. Como estas medidas mostraram melhorias no país, Salazar foi nomeado a presidente do Conselho de Ministros. Num regime ditatorial, o povo não se podia opor ao governo nem dar a sua opinião pois eram silenciados pela polícia da altura, a PIDE- Polícia Internacional e de Defesa do Estado. Muitos eram presos, outros exilados para o estrangeiro e alguns até assassinados. Muitos que foram presos não foram encontrados depois da revolução de abril pois, segundo relatos de pessoas que vivenciaram esta ditadura, no Tarrafal, aqueles que não fizessem o que os superiores mandassem eram castigados. Amarravam-lhes pedras ao pescoço e atiravam-nos ao mar. Segundo relatos, Salazar, em 1960, enviou tropas para África a fim de defender as colónias portuguesas onde morreram aproximadamente 10 mil tropas portuguesas. Morreram devido á teimosia de Salazar, pois após a revolução as terras foram entregues aos povos nativos. Algumas figuras que se destacaram na oposição contra o Estado Novo nessa altura foram José Afonso também conhecido por Zeca Afonso, um compositor e cantor português que compôs músicas contra o regime do Estado Novo como “Grândola Vila Morena”.

No dia 25 de abril de 1974 deu-se a Revolução dos Cravos, uma revolução rápida e pacífica. Nesta época realizavam-se guerras contra países colonizados na África, nos quais as forças armadas portuguesas foram forçadas a combater, gerando insatisfação também nessa parcela da sociedade. Após a revolução, as liberdades civis foram retomadas e outros direitos conquistados, como o de votar. Os países africanos passaram por processos de independência e uma nova Constituição entrou em vigor em Portugal.

Portugal desde 1974 até hoje desenvolveu bastante em termos políticos, económicos e sociais, mas as ideologias presentes em alguns partidos atuais portugueses começam a assustar-nos um pouco pois assemelham-se às ideologias de uma ditadura.

Portugal após estes anos todos voltará a uma ditadura? Não podemos permitir que tal aconteça! 25 de abril, SEMPRE!

 

Tatiana Pinto, 9B

 

 

25 De Abril

Dia 25 de Abril                                

É um dia muito importante                            

Uma revolução aconteceu

Com um nome marcante.

 

Revolução dos cravos

Assim se chamou

Com várias pessoas

Um hino se cantou.

 

Grândola Vila Morena

Assim foi chamado

Por tantos foi vivido e cantado

Ainda hoje vivemos o seu legado.

 

Saímos do Estado Novo

E um futuro esperançoso se avistava

Era muita a vontade de mudar

Para a liberdade se alcançar.

 

A cada circunstância

Um cravo era usado

Marcávamos a história

Seguindo o seu chamado.

 

A mudança era evidente

E a democracia iniciada

Esperávamos a liberdade

Nos jornais a notícia circulava.

Salazar derrotado

O povo é quem mais ordena

Sem a PIDE no comando

Não há medo de quem condena

 

Todos os acontecimentos foram importantes

Marcaram a nossa história

Anos e anos passaram

E até aos dias de hoje cantamos vitória.

 

 Hoje, tenho uma vida melhor

Pois tenho liberdade de expressão

Digo o que penso sem ser censurada

Mas antigamente não tinham a mesma opção.

 

Espero que a liberdade conseguida

Não seja de todo perdida

Pois sempre foi a luta do povo

Que nos trouxe um mundo novo.

 

Matilde Neves, nº17 6º B1

 

 

A revolução dos cravos

Em 25 de abril de 1974 deu-se um acontecimento muito importante conhecido como a Revolução de Abril, um episódio da História de Portugal resultante de um movimento militar, político e social.

 Na minha opinião, não conseguiria imaginar este nosso país, este nosso cantinho à beira-mar plantado, sem este acontecimento. Poderíamos estar num pior estado ou até mesmo num melhor do que o atual. Nunca saberemos, embora uma certeza possa ter... uma ditadura nunca é um caminho a considerar!

O 25 de abril veio trazer para Portugal algo que todos sentíamos falta, a nossa liberdade, liberdade para nos expressarmos, opinarmos, falarmos, criticarmos e também muito importante a liberdade de escrevermos e deixarmos no papel, para a posteridade, a nossa visão do mundo. Até esta altura muitos livros eram censurados, muitos eram os excertos que eram suprimidos, as pessoas sentiam-se constantemente perseguidas e enclausuradas. Não tinham direito ao voto livre, nem à saúde ou educação, algo essencial para se ser um bom cidadão. Vivíamos cheios de medo, oprimidos...

O povo português tinha medo da PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado) e da Censura, e por isso, a maior parte agia de forma a não perturbar o regime vigente, embora houvesse alguns “corajosos” que demonstravam a sua revolta e acabavam sofrendo as consequências. Foram estes corajosos que, sorrateiramente, foram semeando os valores da revolução que culminou no 25 de abril, um dia que ficará na memória de todos e que não pode morrer! Cabe-nos a nós, jovens, continuar a levar a voz, a ação e os valores de abril longe... Cabe-nos a nós, jovens, ser os guardiões de abril!

Sim à LIBERDADE, hoje e sempre! 

 

Cláudio Almeida, 9ºA

 

O meu olhar sobre o 25 de abril

A “Revolução de 25 de abril”, também conhecida como a “Revolução dos Cravos”, foi um movimento político-militar que aconteceu em Portugal, em 1974, e que terminou com cerca de 50 anos de ditadura, o Estado Novo. Assim, pôs fim a décadas de censura, perseguição política e repressão, dando início à democracia em Portugal.

Do meu ponto de vista, esta revolução foi muito impactante, não só para a época, mas também para a atualidade, na medida em que nós, jovens, não teríamos os direitos e a liberdade de expressar as nossas opiniões se nada disto tivesse ocorrido.

Para além disso, esta revolução repôs o prestígio das Forças Armadas, que lutaram pela democracia e pelo fim da guerra colonial, levando à descolonização.

Com “o 25 de abril”, as pessoas conquistaram muitos direitos que, no anterior regime, lhes estavam vedados, como, por exemplo, ao nível da educação, da saúde e do trabalho. Uma das conquistas que considero mais importante foi o facto de se poderem realizar eleições livres, com vários partidos, e tanto homens como mulheres, a partir dos 18, poderem votar.

Após ouvir o testemunho da minha avó, professora naquela época, posso dizer que, na educação, algumas coisas também mudaram, nomeadamente a escolaridade obrigatória para rapazes e para raparigas, o aumento do número de escolas e uma melhoria de salário para os professores. Como podemos ver, esta Revolução deu muita importância à educação de todos os jovens que puderam, assim, alargar os seus horizontes e conhecimentos.

Uma outra medida implementada pelos democratas foi o Serviço Nacional de Saúde (SNS), que permitiu assistência médica a uma maior percentagem da população, rica ou pobre.

Não menos importante, foram as melhorias ao nível do trabalho, fonte de sobrevivência da população portuguesa: aumento dos salários, existência de um salário mínimo e de reforma, diminuição dos horários de trabalho, melhoria das condições de trabalho, direito à greve e também a eliminação da discriminação de género, ou seja, a mulher passou a ter oportunidade de escolher entre ficar em casa ou trabalhar.

Não podia terminar, sem antes falar sobre a liberdade de expressão conquistada com este movimento – passou-se da censura, da perseguição e do medo generalizado nas conversas, para os diálogos abertos, escritas livres e opiniões discordantes.

Em suma, as conquistas de abril foram um marco histórico para o povo português e representaram um avanço significativo em termos de liberdades, direitos e garantias para todos os cidadãos.

 

Alexandre Rodrigues Areal, nº1, 9ºA1

 

25 de ABRIL de 1974

Ainda me lembro como se fosse ontem... Mas para vos conseguir explicar tudo, vou recuar até à véspera, dia 24 de abril de 1974. Era uma quarta-feira normal, mas mal eu sabia que seria o último dia desta ditadura tão sofrida. Tinha acordado cedo, perto das 6:30 da manhã, pois o meu trabalho começava às 7:30. Mal o despertador tocou, levantei-me, tomei um duche rápido, pus o meu uniforme de trabalho (na altura trabalhava na construção civil), e tomei o meu pequeno-almoço, que era sempre o mesmo: uma reles cevada e um pão com manteiga. Logo de seguida, saí de casa. O Sol estava radiante, o que me impressionou. Fui de bicicleta, pois não tinha carro, naquela altura não era comum ver carros a toda a hora, como na atualidade. Os lugares por onde eu passava todos os dias para chegar ao trabalho eram magníficos! Espaços muitos verdejantes, cobertos de árvores frutíferas e flores de várias espécies. Também já se ouviam alguns pássaros, devido à chegada da primavera. Cheguei ao trabalho, perto das 7:25, como era habitual. Lembro-me de estar a construir um prédio com quatro andares ao lado do Quartel do Carmo, perto de onde eu vivia, em Lisboa. Tive um dia de trabalho normal. A obra já estava quase concluída, só precisava de uns retoques finais. Saí do trabalho às 16:30, mas todas as quartas-feiras eu e os meus colegas de trabalho íamos a um café que tinha lá perto e descontraíamos um pouco enquanto comíamos o que restava na sacola. Ficávamos sempre por volta de uma hora, e perto das 18:00 eu chegava a casa. Naquela tarde, como não tinha nada para fazer, fui para um dos jardins por onde costumava passar sempre. Era o meu favorito. Era enorme, coberto por várias árvores e plantas diversificadas, no centro, um lago chamava a atenção das crianças que brincavam por lá. Dei uma caminhada, de uma forma relaxada, tentando aproveitar cada segundo. A brisa do vento a bater-me na cara, o ruído da voz das crianças a brincar, o cheiro das flores, os pássaros a cantarolar em cima das árvores, o céu limpo e azul, parecia algo até surreal, de tão bom que era, num tempo em que tudo era controlado. O tempo passou, e era hora de ir para casa. Regressei por volta das 19:15 e comecei a preparar o meu jantar. Eu gostava de jantar cedo para poder descansar cedo, era um hábito meu. Quando me sentei para comer, liguei o rádio para me pôr a par das notícias, mas acabei por adormecer. De repente, comecei a ouvir uma emissão diferente do normal e surgiu uma agitação anormal nas ruas. Fui ver as horas no meu relógio, e era de madrugada, o que me intrigou mais. Comecei a prestar mais atenção ao rádio para tentar perceber o que estava a acontecer. Estava a tocar uma música proíbida pelo estado, “Grândola Vila Morena”, não só na estação que eu estava a ouvir, mas em todas as estações de Portugal. Saí à rua, e deparei-me com as forças armadas, que se dirigiam para o Quartel do Carmo. Apareceram jipes, tanques de guerra, homens armados, e por aí em diante. Foi aí que finalmente percebi o que estava a acontecer: uma revolução contra o Estado Novo tinha acabado de começar. Comandados por Salgueiro Maia, capitão do exército português, instalaram-se à frente do quartel, onde se encontrava refugiado Marcelo Caetano, o presidente do Conselho de Ministros. De armas e tanques apontados, pouco demorou para se renderem. E foi assim que, finalmente, terminaram 41 anos de ditadura. Havia uma enorme felicidade de Norte a Sul de Portugal. Subitamente, enquanto os militares eram saudados, surge uma mulher, Celeste Martins Caeiro que trabalhava num restaurante e começa a colocar cravos nos canos das armas. Pelo que ouvi dizer, seriam para comemorar o 1º ano de abertura do restaurante, entregando um cravo a cada cliente, mas devido à revolução, o restaurante não abriu e ela, de forma surpreendente e astuta, distribuiu-os pelos militares. O cravo simbolizava a força, o amor, a paixão e a vitória de grandes lutas, tais como esta. E foi assim que no dia 25 de ABRIL de 1974, Portugal  se tornou um país livre! Que assim seja, sempre!

 

Pedro Silva, 9ºB

 

25 de Abril de 1974

25 de Abril de 1974, o dia que mudou a vida dos portugueses e lhes devolveu a liberdade após quarenta e oito anos de submissão à ditadura salazarista, um tempo de escuridão, de terríveis silenciamentos e de profundas humilhações, uma época em que a sociedade portuguesa era comandada pela trilogia fascista: “Deus, Pátria e Família”.

Desde pequena, tal como muitos de nós que têm familiares que vivenciaram este dia, ouço histórias contadas pelos meus avós sobre o que se vivia naquela altura. O meu avô fala-me da inconstância e inquietação que é viver longe de casa durante uma revolução tão importante como a que celebramos, uma vez que foi destacado para defender as colónias Portuguesas na Guerra do Ultramar deixando no continente a sua esposa que estava grávida.

Foi neste dia, 25 de Abril de 1974, que se redefiniram as linhas da liberdade.

A assistência médica passou a estar acessível a todos, foi ampliado o período da licença de maternidade e foram criadas consultas de planeamento familiar.

A educação foi democratizada e as mulheres tiveram acesso ao ensino superior, às carreiras de magistratura judicial e do ministério público.

Os Portugueses começaram a falar livremente e a manifestar as suas opiniões publicamente sem medo de serem perseguidos.

Portugal fixou uma remuneração salarial mínima que vai subindo ao longo do tempo. Os trabalhadores passaram a ter direito a subsídios suplementares de férias e alimentação. Foram estipuladas horas de trabalho semanais e os trabalhadores passaram a ter direito a greves e à criação de sindicatos.

O casamento católico passou a poder ser anulado pelo divórcio civil e foram abolidas todas as restrições sexistas que incapacitavam as mulheres de votar.

Quase 50 anos após uma das revoluções mais importantes da história portuguesa, há quem considere o 25 de abril um projeto inacabado e a liberdade uma luta contemporânea que todos devemos trabalhar para alcançar.

Ergamos, portugueses, os cravos vermelhos, que simbolizam a ausência de derramamento de sangue, em honra ao nosso país e àqueles que lutaram por ele.

“25 de Abril sempre, fascismo nunca mais”

 

Bia Garcia, º 4, 9ºB1

 

25 de Abril

 

O “25 de Abril” marcou um tempo novo, permitindo que Portugal florescesse, rompeu com o “status quo” que permitiu novas oportunidades para um novo equilíbrio.

A liberdade do “25 de Abril” era a de viver dignamente, com saúde para toda a gente, educação para todas as crianças e a de tomar nas mãos o destino das nossas vidas.

A liberdade de romper com praticamente meio século de fascismo que nos havia levado, até à década de 1970, com aproximadamente metade da população a viver na pobreza, sem uma habitação decente e inúmeras pessoas sem saber ler nem escrever. No trabalho, as mulheres ganhavam menos cerca de 40% que os homens; a mulher não podia viajar para o estrangeiro sem autorização do marido; o aborto era punido em qualquer circunstância. Além disso, a pensão paga aos trabalhadores rurais era muito baixa e com diferenciação entre mulheres e homens.

Com a Revolução procurou-se melhorar as condições de vida e de trabalho da população e mitigar as desigualdades e barreiras à liberdade. Apesar de ainda haver um longo caminho a percorrer no que diz respeito à desigualdade de género, o “25 de Abril” trouxe consigo algumas mudanças para as mulheres, sociais e familiares- o acesso à licença de maternidade, o direito ao voto, a possibilidade de exercerem um cargo político, diplomático ou na magistratura, de se poderem divorciar, de terem os mesmos direitos na educação dos filhos, de se poderem casar com quem queriam, de poderem trabalhar sem autorização do marido.

Por fim, as pessoas conquistaram o direito à liberdade de expressão, já não precisavam temer serem perseguidos pela PIDE, podiam exprimir-se e divulgar livremente, sem impedimentos, o seu pensamento, ou seja, as suas ideias, críticas, pontos de vista e convicções.

O “25 de Abril” foi um marco de viragem na nossa história, mas a história é aquela que continuamos a escrever todos os dias, lutando diariamente por uma sociedade melhor, para nós e para aqueles que lhe derem continuidade. A liberdade a sério só existirá quando todos formos livres para existir, sem pedir licença, e viver uma vida sem distinção de género.

É importante rever o passado para dar valor ao presente e lutar constantemente por um futuro melhor, mais igualitário, mais democrático e respeitador da liberdade de pensamento.

 

Mariana Pinheiro, nº 13, 9ºA1



quarta-feira, 25 de maio de 2022

Porque a cidadania também se alimenta de palavras e leituras...

 

Como é que te posso fazer feliz?” é a pergunta que Lucas Rodrigues, mais conhecido como Lucas With Strangers, faz a pessoas que encontra, maioritariamente, pelas ruas do Porto. O jovem confessa que foi através deste projeto que percebeu a multiplicidade de histórias de vida e que nem sempre tudo é como parece. “Houve um vídeo que fiz em que perguntei às pessoas se eram felizes e percebi que muitas não eram”.

 

Depois de ter enfrentado um episódio traumático onde chegou a ser sequestrado, Lucas garante que nunca imaginou estar no patamar que está agora. “Tinha medo de sair de casa (…) ninguém dava nada por mim há um ano atrás”.

 

Com quase dois milhões de seguidores no Tik Tok, Lucas decidiu usar as suas plataformas para ajudar famílias que estão a passar por dificuldades devido à guerra na Ucrânia. Na altura, para além de levar uma tonelada de alimentos, conseguiu trazer seis pessoas e lembra que teve receio que o confundissem como alguém que tivesse outras intenções. “Eu estava com medo que eles achassem que eu fosse um traficante de humanos. Estava constantemente a vigiar a linguagem corporal para não parecer culpado”.

 

Nesta entrevista com João Paulo Sousa e Ana Delgado Martins, Lucas diz ter-se sentido várias vezes impotente num cenário devastador. “Uma coisa que me chocou imenso foram duas miúdas mais novas que trouxemos para Portugal com notificações no telemóvel cada vez que havia um bombardeamento na cidade delas e a chorar (…) aí é que é a sensação de impotência é maior porque eu estou a fazer a minha parte, mas a guerra continua”.

                                                      Para ouvir clique aqui:



terça-feira, 12 de abril de 2022

Visita do escritor e apicultor Paulo Santos

 

Nos dias 14, 15,16,18,28 e 29 de março as escolas do 1º ciclo do nosso Agrupamento receberam este escritor/apicultor que desenvolveu a atividade Artes & Ofícios: Apicultor e apresentou os seus livros da coleção “Cuscas” Foram 10 escolas: 789 crianças em 18 sessões em que o autor alertou as crianças para a importância das abelhas e para a necessidade da sua proteção. Nestas sessões, o autor Paulo Santos também deu a conhecer a faceta de Apicultor. Através de um vídeo, as crianças aprenderam o ciclo das abelhas, a identificação das várias espécies, abelhas operárias, rainha e zangões, bem como o seu nascimento e tempo de vida, especificando as funções de cada uma. Em simultâneo, houve uma apresentação ao vivo de abelhas a trabalhar numa colmeia em vidro. No final da sessão, o autor, vestido com fato de apicultor, deu a provar o delicioso mel fabricado pelas abelhas, em formato de chupa-chupa. Estas sessões tiveram a duração de uma hora e trinta minutos e, se mais tempo houvesse, mais questões e curiosidades teriam sido esclarecidas.




terça-feira, 5 de abril de 2022

Todos pela Paz!

 

Ontem de manhã, o azul e amarelo foram as cores da Escola Básica do Castro. Vivemos um momento de união pela Paz.  Visível, a partir do céu, as palavras Todos pela Paz formaram-se numa bandeira humana da Ucrânia constituída por todos os elementos da comunidade educativa, que se quer de valores, de princípios éticos e de contribuição e envolvência para o todo. Os nossos alunos, pais e encarregados de educação, desde que iniciamos a campanha de recolha de bens para a Ucrânia, têm estado atentos às necessidades de um povo que agradece a ajuda de todos. Com a sua generosidade têm demonstrado, que somos todos um: hoje são eles, amanhã poderemos ser nós!  Esta atividade teve como objetivo agradecer essa contribuição valiosa, que para além de ser imprescindível para a Ucrânia ,é também um modelo dos valores que desta forma os pais e encarregados de educação passam aos seus educandos. Também a escola pretende contribuir para uma consciencialização da importância da paz e do papel e responsabilidade que todos temos na promoção da harmonia nas nossas relações com os outros.

 

Este momento iniciou-se com um minuto de silêncio, seguindo-se a leitura e reflexão de textos escritos por alunos do 2º e 3º Ciclos, apelando à solidariedade e à Paz no Mundo.

A Paz sem Vencedor e sem Vencidos

Temos sido invadidos, nas últimas semanas, por imagens e notícias da guerra que, como todas as outras, destrói, limita, humilha e faz sofrer, em especial, os mais pobres, os mais débeis e os mais abandonados. A guerra nunca será o caminho da paz, por muito que os mais poderosos nos tentem convencer disso. Ela é feita com armas e ódios que destroem e o mundo precisa de amor e de diálogo que construa.

Sophia de Mello Breyner, num poema que é como que uma prece pela paz diz: “Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos / A paz sem vencedor e sem vencidos”. Esta paz que Sophia pede não pressupõe guerra, nem ódio, nem mortes e nem destruição. É a PAZ pela PAZ!

Sophia, neste mesmo poema não pede o fim da guerra, mas simplesmente a PAZ. Ela diz: “Dai-nos a paz que nasce da verdade / Dai-nos a paz que nasce da justiça / Dai-nos a paz chamada liberdade”. Esta é a paz que tem que estar sempre connosco e que devemos construir, diariamente, com todos os que nos rodeiam. Para ela existir e perdurar temos de a querer, temos de a desejar e, principalmente, temos de a construir à nossa volta. Uma tarefa que tem de começar em cada um de nós, porque a paz deve ser edificada, mas também preservar já que ela, apesar de ser forte e trazer harmonia, também é frágil e desfaz-se com facilidade.

Devemos ter consciência plena de que a paz no mundo começa se agirmos com gentileza para com os outros, se respeitarmos a sua forma de ser, de agir e de pensar, a sua dignidade e liberdade e soubermos, sempre, que esse outro é quem está próximo de nós, na nossa casa, na nossa rua, na nossa escola, no nosso mundo!

O ataque, a violência, a destruição e a morte nunca serão a solução para nada! O mundo precisa de construtores de paz! De pessoas tolerantes e solidárias. A nossa vida tem de ser um tempo em que possamos crescer e viver sem a palavra “inimigo”. A paz tem de ser um património da humanidade, ambicionado, assumido e sustentado na partilha e na solidariedade e se assim não for perde o mundo e perde o futuro. Perdemos todos!

No seu poema, Sophia de Mello Breyner, que era crente, pediu a Deus uma paz sem vencedores nem vencidos, mas não é preciso acreditar em Deus para ser promotor de paz. Basta ser humano!

Nestes dias, a nossa humanidade e espírito solidário estão voltados para o povo ucraniano que sofre este pesadelo da guerra. A recolha e entrega de bens e o simbolismo da bandeira são uma marca relevante da nossa ação em favor da Ucrânia, mas o diálogo, a tolerância e a verdade são os valores que nos podem conduzir à paz!

À verdadeira PAZ.

 

(Texto feito na aula de Português da Turma 9B1, depois da análise do poema “A Paz sem Vencedor e sem Vencidos” de Sophia de Mello Breyner Andresen)

 

Na minha opinião, esta guerra é injusta para a Ucrânia. As crianças têm que interromper a escola e fugir. Os habitantes da Ucrânia têm de abandonar as suas casas e os seus bens. Deixam tudo para trás, para fugir das bombas e de um presidente que não sabe o que é o amor de família…

 Ana Peixoto 5º C1

 

As guerras são conflitos que provocam consequências desastrosas para os países direta ou indiretamente envolvidos.

No passado dia 24 de fevereiro a Rússia invadiu a Ucrânia, trazendo a guerra para o continente Europeu.

Na minha opinião, esta guerra, assim como qualquer outra, não faz sentido e trará graves consequências.

Em primeiro lugar, a guerra provoca muitas mortes, feridos e traumas nos soldados e famílias.

Em segundo lugar, haverá graves prejuízos para a economia, não só da Ucrânia, mas também mundial.

Em terceiro lugar, as guerras provocam a destruição de edifícios, monumentos, pontes, estradas que demoram a ser recuperados e nem sempre é possível fazê-lo.

Em conclusão, penso que para resolver os conflitos se deveria recorrer ao diálogo, pois a guerra provoca mais problemas do que soluções.

Constança Araújo, 5º B1

 

Na minha opinião, a Rússia não devia ter atacado a Ucrânia, pois esta guerra poderá vir a tornar-se algo mais grave. Vladimir Putin (Presidente da Rússia) é um sem coração, porque manda tropas atacar e mísseis enquanto dezenas de pessoas inocentes morrem.

Eu acho que alguns Russos não querem guerra, mas também acho que alguns são a favor da guerra e atacam a Ucrânia com um sorriso no rosto.

A Ucrânia tem vindo a surpreender muito, por ter uma grande coragem e tentar defender o seu país e isso dá-me muito orgulho dos Ucranianos. Eu apenas desejo Paz para a Ucrânia. Parem com a guerra, por favor!

Maria 5º C1  

Por último, todos os alunos, em simultâneo, ergueram as cores amarela e azuis ao som da música  “Somewhere over the Rainbow”formando a bandeira ucraniana. Desejamos que este nosso humilde contributo possa espalhar-se pelo mundo de forma a que a união prevaleça no coração da humanidade.




quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Salvo pela Gentileza

 

Conta-se uma história de um empregado de refrigeração da Noruega. Certo dia, no final do turno de trabalho, foi inspecionar a câmara frigorífica. Inexplicavelmente, a porta fechou- se e ele ficou preso dentro da câmara. Bateu na porta com força, gritou por socorro, mas ninguém o ouviu, todos os outros empregados já tinham saído e regressado às suas casas e era impossível que alguém o pudesse ouvir. Já estava preso quase há cinco horas e bastante debilitado com a temperatura insuportável.

De repente a porta abriu-se e o segurança entrou na câmara e resgatou-o com vida.

Depois de ter sido salvo o empregado perguntou ao segurança porque é que este tinha aberto a porta da câmara se isto não fazia parte da sua rotina de trabalho...

E ele explicou:

- Trabalho nesta empresa há 35 anos, centenas de empregados entram e saem daqui todos os dias e o Senhor é o único que me cumprimenta ao chegar de manhã e se despede de mim ao sair.

Hoje, pela manhã, disse “Bom dia” quando chegou. Entretanto não se despediu de mim na hora da saída. Imaginei que poderia ter-lhe acontecido alguma coisa. Por isto procurei- o e encontrei-o...

Conclusão: gentileza gera gentileza






terça-feira, 9 de novembro de 2021

Quanta bondade e gentileza existe nos anjos das nossas vidas? E nós seremos anjos para alguém?

 

Os anjos são de carne e osso.

 

Os anjos são de carne e osso. Os olhos são grandes ou pequenos, amendoados às vezes ou às vezes rasgados, azuis ou verdes ou castanhos e às vezes pretos, mas são daqueles olhos que têm raízes na alma e nunca olham só para o lado de fora das coisas. Os olhos dos anjos veem por dentro do nosso corpo e atravessam a nossa pele e as nossas defesas para olhar por nós. Os olhos dos anjos trazem aquela luz que só a bondade dá e por isso nunca olham só por olhar e mesmo quando adormecem – os anjos também dormem – nunca fecham os olhos a quem a vida quer trancar na solidão ou na tristeza. Os anjos, mesmo quando adormecem, porque os anjos também dormem, velam o sono daqueles a quem a vida tirou o colo. Os anjos são de carne e osso e têm dois braços e duas pernas como toda a gente e também têm asas. Não se veem, mas sentem-se. Às vezes, porque nem sempre os nossos olhos conseguem ver aquilo que não se vê, pensamos que a brisa que nos despenteia é um sopro do vento, mas não é. É um anjo que anda perto. Os anjos têm um par de asas suplente para emprestar a quem traz as suas cansadas ou a quem perdeu as suas lá atrás, nos vendavais da vida, e são tão habilidosos a colocá-las nas nossas costas que o peso que carregávamos às costas desaparece e ficamos mais leves. Os anjos são de carne e osso e têm gargalhadas luminosas. Misturam-se na multidão para não darem nas vistas e poderem ajudar sem que as pessoas percebam. As pessoas têm a mania de dizer que não precisam de ajuda, sobretudo quando mais precisam. Há anjos que caminham depressa e outros devagar – alguns caminham uns centímetros acima do chão, mesmo quando deixam as asas em casa, porque quem aprende a voar nunca esquece, é como andar de bicicleta – mas, se nós pararmos, eles reparam e lá vem aquela brisa a passar-nos a mão no rosto e a dizer-nos que vai ficar tudo bem.

 

Texto: Elisabete Bárbara

 

 

Ilustração de Ankakus



segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Pequenos gestos, grandes resultados!

  

Hoje trazemos um vídeo, mais uma vez para cultivar o mote da semana: “Gentileza” que passa por pensamento coletivo, solidariedade, olhar para o outro e ver para além do visível.

Trata-se de uma curta-metragem da autoria de Ahmed Elmatarawi que em apenas 3:52 minutos nos deixa uma mensagem poderosa e um final surpreendente. Divirtam-se e claro, lembrem-se que gentileza gera gentileza!




quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Uma pequena história ternurenta para animar corações

O cuidador de corações


- O que é que fazes?

- Sou cuidador de corações.

- Cuidador de corações?

- Sim.

- E o que é que faz um cuidador de corações?

- Quando os corações estão feridos ou magoados, precisam de alguém que os ouça. Eu ouço. Precisam de ternura. A ternura ajuda a cicatrizar as feridas. Quando os corações estão partidos, precisam de alguém que os ajude a apanhar os bocadinhos que caem no fundo da alma. Eu ajudo. Quando os corações estão pisados, precisam de alguém que lhes dê colo. Eu dou. Quando não conseguem adormecer, eu embalo-os e conto-lhes histórias. Conto histórias do que será. Os corações precisam de esperança… Quando os corações estão desanimados, eu abro o meu e mostro-lhes que há sempre uma razão pela qual um coração tem de bater.


Elisabete Bárbara, in lado.a.lado

Ilustr. Charles H. Geilfus






terça-feira, 5 de outubro de 2021

Feliz dia do professor na esperança de dias melhores e mais auspiciosos! 🙏


Professores!

A minha profissão, aquela que abracei convicta do trabalho, dos desafios e das horas extras (muitas) que lhe ofereceria se quisesse fazer um trabalho que envolvesse e resultasse, ainda que minimamente nalguns casos, para todos os meus alunos.

Já lá vão 26 anos e nunca ninguém me leu uma palavra de queixume, revolta ou o que quer que seja, nas redes sociais. A minha luta é outra e noutros locais! No entanto, há sempre uma primeira vez! Hoje, ao ler esta notícia, não resisti à caneta e, da caneta até aqui, foi um saltinho.

Foram tantos anos a ouvir que eu era uma privilegiada e, afinal, a profissão com privilégios acima da média e que incomoda muita gente, poucos a querem ou nenhuns (a bem dizer). O que vale é que o tempo, esse conselheiro magnífico, vai sempre repondo cada coisa no seu devido lugar. Tantos e tantos conhecidos meus, ao longo destes anos, tentaram encetar conversas acerca desta profissão com horários, férias, regalias e salários extraordinários... tantos e tantos cidadãos desconhecidos destilaram veneno e continuam a proferir comentários grosseiros e infundados em tudo o que seja post ou página sobre o assunto... E falo dos conhecidos e desconhecidos, porque os amigos (aqueles que fazem jus à verdadeira aceção da palavra) conhecem bem a realidade e sabem bem do que a casa gasta...

Nos primeiros anos, ainda tentava argumentar e explicar as imensas facetas/tarefas/dimensões subjacentes a esta profissão (atualmente, são muitas mais e as “mãos” escasseiam para tanta medida)... depois, percebi que estava “a bater no ceguinho” em vão e deixei-me disso, era a primeira a concordar com eles. Assunto arrumado!

Mas a vida é engraçada. Muitos deles viram irmãos, amigos e familiares queridos seguirem esta profissão. Outros, muitos deles oriundos daqueles que mais “assobiavam” casaram ou (re)fizeram as suas vidas com professores e o discurso, claro está, com o decorrer dos anos, passou a ser diferente! Nada como calçar os sapatos do outro.

Agora já dizem: o meu horário é flexível desde que cumpra; faço muitas horas mas são pagas; trabalho ao fim de semana mas sou remunerado por isso; tenho de estar disponível mas reconhecem; vou a uma reunião ou formação mas as despesas são pagas; e fico-me por aqui, teria muitos exemplos para acrescentar... E sim, concordo! É assim que deve ser! Quando prestamos serviços à nossa entidade patronal, esta deve saber reconhecer e retribuir na mesma proporção.

O professor, no seu dia a dia também faz isso tudo: está disponível 16h por dia (alturas há em que é bem mais); trabalha todos os dias em casa para a sua profissão, inclusive fins de semana; faz formação contínua; vai trabalhar para longe da sua residência; mas fá-lo com o seu salário base que, ainda por cima, viu emagrecer consideravelmente de 2006 a esta parte e, a partir daí, a sua carreira foi para o brejo. Dizer que é reconhecido por isto ou por aquilo é algo que um professor não pode dizer, infelizmente!

Neste momento, pode dizer-se que quem está nesta profissão ou o faz por GOSTO ou então... ...

Só que o GOSTO, quando a balança está sempre em desequilíbrio para o mesmo lado, satura e vai causando mossas aqui e acolá.

É pena que a EDUCAÇÃO esteja a ser tratada assim, com todo este desmerecimento! O terreno é árido, mas desistir também não é solução.

Feliz dia do professor na esperança de dias melhores e mais auspiciosos! 🙏

Cristina Martins (docente no Agrupamento de Coronado e Castro)

                                                            Notícia disponível aqui