sábado, 28 de novembro de 2015

Pensamento da semana


Este é o pensamento desta semana e remete-nos para um dos temas mais controversos da modernidade.
Porque será a educação tão poderosa? Quantos levam de facto em conta o valor desta frase e o impacto que a real implementação da mesma teria na sociedade e no mundo?
Quando vivemos tempos conturbados, como estes que atravessamos, talvez seja de facto útil questionarmo-nos sobre o que motiva as atitudes de violência e devastação.
O que leva um ser humano a desvalorizar a vida de outros ao ponto de assassinar?
O que cria o fanatismo, o racismo, a xenofobia, a homofobia...?
Precisamente! Isso mesmo! A ignorância, o desconhecimento, o diferente! O ego do ser humano tem grandes dificuldades em lidar com o desconhecido. Quando confrontado com algo que não reconhece, dispara o medo e o medo faz a nossa mente acreditar que está em perigo e, portanto, precisa defender-se! Na perspetiva de uma mente assustada, a melhor defesa é o ataque!
A história da Humanidade está marcada por exemplos em que a violência devastadora teve um preço demasiado elevado e em que foi a ignorância que permitiu que meia dúzia de mentes doentes manipulasse as massas levando-as a cometer as maiores atrocidades. 
Todos sabemos que os grandes ditadores sabem bem que quanto mais ignorante o povo, mais hipótese terá de se manter no poder. Assim sendo, parece-me que fica claro o valor da Educação. Mentes esclarecidas sabem que a solidariedade, a compaixão, a partilha promove sociedades saudáveis onde a diferença deixa de ser diferença e se torna o ponto de encontro para novas ideias e crescimento consciente.
Olhando para o nosso lado do planeta não posso deixar de pensar na quantidade de alunos desmotivados que temos na sala de aula, nos professores que tudo tentam para contornar as dificuldades e contingências com que se confrontam todos os dias, na tentativa de encontrar o passo mágico que fará os seus alunos sentirem motivação, nos pais que se sentem frustrados com o sistema educativo e o desgastam ainda mais denegrindo, com a ajuda da comunicação social, o papel daqueles que são os educadores dos seus filhos! 
Olhando para o nosso lado do planeta, questiono-me se não estamos a ter uma atitude de crianças mimadas que, pelo excesso, deixamos de valorizar a benção que é ter escola para todos, conhecimento à disposição com o simples gesto de um clique, a possibilidade de aprender sobre todas as temáticas que desejarmos! 
Olhando para o nosso lado do planeta, a ignorância continua a estar tão patente... 
Esta situação pode ser comparada com o número astronómico de crianças  que sofrem de obesidade (42 milhões no mundo) por oposição ao número de crianças que morrem de fome, 8500 POR DIA!!!!
58 milhões de crianças, no mundo, não têm acesso à Educação. Entre as que não têm, nem nunca terão, e as que tudo têm, mas não querem, quanta ignorância e desconhecimento continuará a alimentar os fanáticos e extremistas deste mundo?
Não será tempo de valorizar e ser grato pelo que temos, promover a importância daquilo que verdadeiramente interessa, em vez de dedicar horas a deteriorar as nossas mentes com programas sensacionalistas ou noticiários que promovem o medo e manipulam a opinião pública???
Para inspirar quem quer fazer diferente deixo este trailer de alunos verdadeiramente motivados: https://www.youtube.com/watch?v=jsyDtye0B7E
E como leitura recomendo: Eu sou Malala. 
Esta jovem rapariga que se tornou um símbolo na defesa do direito à Educação relata a história da sua família e do seu povo que vivendo em condições extremas, sofrendo a repressão dos talibãs, nunca desistiram daquilo que sabem ser a salvação do seu povo e das raparigas em particular!

E para terminar deixo-vos aqui as palavras que alguém partilhou comigo e que resumem muito bem aquilo que aqui está:  “Ao mesmo tempo que abre a mente  e muda a vida das pessoas, e proporciona às sociedades oportunidades de desenvolvimento e felicidade que a ignorância jamais consegue, a Educação liberta o ser humano, também, na medida que o afasta de visões alienadas ou passadistas da vida e do mundo.”
                                           Mónica Loureiro

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