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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021
sábado, 6 de fevereiro de 2021
Porto de Abrigo pela autora Paula Moreira
Por Paula
Moreira (professora no nosso Agrupamento)
Porto de Abrigo foi
criado com um único objetivo: homenagear um homem, um Pai.
Um Pai para quem não há limites no amor, na perseverança, no exemplo.
Um homem que partiu para África, onde trabalhou, fez a tropa, encontrou a sua
vocação e o seu amor. Em África, cresceu, cultivou a amizade, constituiu
família, foi feliz. Viu a harmonia, a união entre famílias, vizinhos, entre
povos, até que a guerra deitou tudo a perder. Sentiu medo, desespero, revolta.
Viveu o ódio, a guerra, a morte. Este é um livro marcado pela luta, mas também
pela coragem e pela esperança.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021
Fernando Pessoa
No Tempo
Em Que Festejavam O Dia Dos Meus Anos
Poema de Fernando Pessoa (Álvaro Campos)
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021
O que nos move? texto de Bertrand Russell
O que nos move?
Procuramos o quê?
Buscamos o que queremos?
Um texto maravilhoso de Bertrand Russell, um
dos mais influentes matemáticos, filósofos, ensaístas, historiadores e lógicos
que viveram no século XX.
“Três paixões, simples, mas
irresistivelmente fortes, governaram minha vida: o anseio pelo amor, a busca
pelo conhecimento e uma dolorosa piedade pelo sofrimento da humanidade. Essas
paixões, como grandes vendavais, impeliram-me para aqui e acolá, em curso, instável, por sobre o profundo oceano
de angústia, chegando às raias do desespero.
Busquei o amor, primeiro, porque ele produz
êxtase – um êxtase tão grande que, não raro, eu sacrificava todo o resto da
minha vida por umas poucas horas dessa alegria. O busquei, ainda, porque o amor
nos liberta da solidão – essa solidão terrível através da qual nossa trêmula perceção
observa, além dos limites do mundo, esse abismo frio e sem vida. Busquei-o, finalmente, porque vi na união do
amor, numa miniatura mística, algo que prefigurava a visão que os santos e os
poetas imaginavam. Isso foi o
que busquei e, embora isso possa parecer demasiado bom para a vida humana, foi
isso que – afinal – encontrei.
Com paixão igual, busquei o conhecimento. Eu
queria compreender o coração dos homens. Gostaria de saber por que cintilam as
estrelas. E procurei apreender a força pitagórica pela qual o número permanece
acima do fluxo dos acontecimentos. Um pouco disto, mas não muito, eu alcancei.
Amor e conhecimento, até ao ponto em que são possíveis, me levaram para o alto, rumo aos céus. Mas a piedade sempre me trazia de volta à terra. Ecos de gritos de dor ecoavam em meu coração. Crianças famintas, vítimas torturadas por opressore
s, velhos desvalidos a construir um fardo para seus filhos, e todo o mundo da solidão, pobreza e sofrimentos, convertem numa irrisão o que deveria ser a vida humana. Anseio por afastar o mal, mas não posso, e também sofro.
Eis o
que tem sido a minha vida. Tenho-a considerado digna de ser vivida e, de bom
grado, tornaria a vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade.”
Bertrand Russell (1872-1970), no prólogo da sua
autobiografia, "What I have lived for"
terça-feira, 2 de fevereiro de 2021
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021
LA CHANDELEUR: A TRADIÇÃO FRANCESA DE COMER CREPES NO DIA 2 DE FEVEREIRO
Todos os anos, a 2 de fevereiro, França comemora La Chandeleur, também conhecido como o dia de comer crepes.
Na época dos romanos, La Chandeleur era uma
festa em honra do deus Pã - deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos
pastores. Durante toda a noite, os crentes percorriam as ruas de Roma
transportando velas (chandelles, em francês). La Chandeleur
tornou-se depois uma festa religiosa católica associada à Apresentação de Jesus
no Templo - Candlemas - celebrado em Portugal como Dia de Nossa Senhora
das Candeias.
La Chandeleur ocorre exatamente 40 dias após o
Natal e é uma mistura de ambas as tradições, que evoluíram para um dia onde são
celebrados os crepes - a forma redonda representa o sol e o ciclo da vida,
enquanto o ato de comer e partilhar com outras pessoas comemora uma tradição
histórica de papas a darem comida aos pobres todos os anos a dia 2 de fevereiro.
Algumas pessoas colocam uma moeda em cima do crepe na
frigideira, enquanto outras acreditam que é necessário segurar numa moeda na
mão direita ao virar os crepes com a esquerda. Se conseguir fazê-lo sem deixar
o crepe cair no chão, o ano será próspero. A tradição manda comer os crepes na
hora do jantar, em vez de ao pequeno almoço, e algumas pessoas não comem o
primeiro crepe, preferindo guardá-lo numa gaveta ou esconderijo, para ter sorte
durante ano. Os franceses em geral, cristãos e não cristãos, costumam recordar
a tradição e juntar a família e os amigos para comerem crepes no dia da chandeleur.
Fonte: Sapo Viagens, autora: Susana Sousa Ribeiro