Boa tarde.
Estamos na última semana de aulas e o Natal aproxima-se rapidamente. Esta é uma época em que as histórias sabem tão bem e alimentam o espírito de magia e encantamento. O desafio "E se pegássemos na caneta?" trouxe-nos algumas dessas histórias que vamos divulgar a partir de hoje. Desejamos que gostem e que aproveitem para as ler em sala de aula ou em família. Hoje deixamos a história do 8ºB1 que nos aqueceu o coração. Que possa fazer o mesmo pelos vossos!
Boas leituras e até breve!
Texto com as ideias dos alunos da
turma 8B1.
(A)PRENDA COM
GENTILEZA
O Natal aproximava-se a passos largos.
Faltavam apenas alguns dias para o Pai Natal começar a entrega dos
presentes, por isso andava muito atarefado.
Ainda tinha muito que fazer e não podia perder tempo. Recebera cartas,
muitas cartas, dos meninos de todo o Mundo e mais uma vez não queria
desiludi-los. Tinha conseguido arranjar tudo o que eles lhe pediam.
- Estou tão cansado! – comentava ele, enquanto se recostava
confortavelmente na cadeira, - felizmente, está tudo pronto!
Bocejou profundamente e adormeceu.
Mas o sono durou pouco tempo, porque uma voz esganiçada fê-lo acordar
sobressaltado:
- Pai Natal! Pai Natal! – Era o Pombo-Correio que lhe trazia notícias de
todos os lugares do mundo.
- Pai Natal! Acorde!
- O quê? Quem? – perguntou, estremunhado.
Sou eu, Pai Natal, é mais uma carta!
O quê? Uma carta, agora?
- Encontrei-a na floresta, a sul!
Mas… como pudeste esquecer-te?
- Não sei – respondeu, cabisbaixo. – Eu percorri todos os lugares, como
sempre faço e, para lhe dizer a verdade, acho muito estranho não a ter visto
antes. A não ser que…
- A não ser que … o quê? – perguntou o Pai Natal, ligeiramente zangado.
- A não ser que tenha sido colocada só agora! – respondeu, com prontidão,
o Pombo-Correio.
- Hum! Acho que tens razão! – admitiu o Pai Natal, cofiando a barba e já
mais calmo. – Deixa ver. Vamos lá ler a carta.
E apressadamente abriu o envelope, pois queria ainda satisfazer o pedido
daquela criança atrasada. Mas quando começou a ler, ficou muito pálido.
- O quê?!
- O que foi Pai Natal? Por que razão está assim?
O Pai Natal emudeceu. Mas o Pombo insistia:
- O que se passa?
– Vou precisar de ajuda… de muita ajuda! – murmurou o Pai
Natal, olhando as estrelas através da janela,
enquanto pensava.
– Ajuda para quê, Pai Natal? – perguntava o Pombo-Correio,
abanando a cauda, cada vez mais
impaciente.
– Esta carta é da Gentileza e eu vou ter de fazer o que
ela me pede. É muitíssimo importante.
– Gentileza?! E quem é essa tal de Gentileza que se
atrasa no envio do correio? – questionou o Pombo.
Gentileza, as
crianças serão mais felizes, mais solidárias e até vão valorizar mais os
presentes que recebem! – disse o Pai Natal.
– Tenho uma excelente ideia! – exclamou o Pombo – podemos pedir apoio às Fadas da
Floresta Encantada. Elas vão ajudar-nos. Para terem poderes, as fadas têm que
ser gentis, por isso valorizam muito a Gentileza…
– De facto, com a ajuda das Fadas, a tarefa não será tão difícil! É isso mesmo, amigo, por
favor, vai chamá-las! – pediu o Pai Natal, mais entusiasmado.
O Pombo voou e em pouco tempo chegou à floresta das
Fadas.
Chamou-as e fez-lhes o pedido.
As Fadas da Floresta Encantada ouviram gentilmente o
Pombo e seguiram-no até à casa do Pai Natal, cheias de vontade de ajudar. Em
pouco tempo, o enorme saco de presentes estava reorganizado e, para espanto de
todos, a carga tinha exatamente
o mesmo peso!
– Vejam – disse, animado, o Pai Natal - a Gentileza não
pesa a quem a dá, mas terá um peso inestimável para quem a recebe! Obrigado,
queridas Fadas!
– De nada, Pai Natal, foi um gosto enorme – disseram, em
coro, as fadas.
– Já agora, Pai Natal, qual foi o motivo do atraso da
Gentileza? – perguntou o Pombo-Correio, um pouco intrigado.
– Ah! Ela explica isso na carta! Tem andado muito ocupada.
Numa roda-viva! Ela não quer ser esquecida, por isso, faz questão de estar em
todos os lugares onde as pessoas aprendem e crescem. Olha, ainda há dias esteve
na Escola do Castro, em Alvarelhos, onde todos a receberam em festa e trataram
muito bem! Oh,oh,oh! Que maravilha!
FIM
FELIZ NATAL!