Ontem de manhã, o azul e amarelo foram as cores da Escola
Básica do Castro. Vivemos um momento de união pela Paz. Visível, a partir do céu, as palavras Todos
pela Paz formaram-se numa bandeira humana da Ucrânia constituída por todos os
elementos da comunidade educativa, que se quer de valores, de princípios éticos
e de contribuição e envolvência para o todo. Os nossos alunos, pais e
encarregados de educação, desde que iniciamos a campanha de recolha de bens
para a Ucrânia, têm estado atentos às necessidades de um povo que agradece a
ajuda de todos. Com a sua generosidade têm demonstrado, que somos todos um:
hoje são eles, amanhã poderemos ser nós!
Esta atividade teve como objetivo agradecer essa contribuição valiosa,
que para além de ser imprescindível para a Ucrânia ,é também um modelo dos
valores que desta forma os pais e encarregados de educação passam aos seus
educandos. Também a escola pretende contribuir para uma consciencialização da
importância da paz e do papel e responsabilidade que todos temos na promoção da
harmonia nas nossas relações com os outros.
Este momento iniciou-se com um minuto de silêncio,
seguindo-se a leitura e reflexão de textos escritos por alunos do 2º e 3º
Ciclos, apelando à solidariedade e à Paz no Mundo.
A Paz sem Vencedor e sem Vencidos
Temos sido invadidos, nas últimas semanas, por imagens e
notícias da guerra que, como todas as outras, destrói, limita, humilha e faz
sofrer, em especial, os mais pobres, os mais débeis e os mais abandonados. A
guerra nunca será o caminho da paz, por muito que os mais poderosos nos tentem
convencer disso. Ela é feita com armas e ódios que destroem e o mundo precisa
de amor e de diálogo que construa.
Sophia de Mello Breyner, num poema que é como que uma prece
pela paz diz: “Dai-nos Senhor a paz que vos pedimos / A paz sem vencedor e sem
vencidos”. Esta paz que Sophia pede não pressupõe guerra, nem ódio, nem mortes
e nem destruição. É a PAZ pela PAZ!
Sophia, neste mesmo poema não pede o fim da guerra, mas
simplesmente a PAZ. Ela diz: “Dai-nos a paz que nasce da verdade / Dai-nos a
paz que nasce da justiça / Dai-nos a paz chamada liberdade”. Esta é a paz que
tem que estar sempre connosco e que devemos construir, diariamente, com todos
os que nos rodeiam. Para ela existir e perdurar temos de a querer, temos de a
desejar e, principalmente, temos de a construir à nossa volta. Uma tarefa que
tem de começar em cada um de nós, porque a paz deve ser edificada, mas também
preservar já que ela, apesar de ser forte e trazer harmonia, também é frágil e
desfaz-se com facilidade.
Devemos ter consciência plena de que a paz no mundo começa
se agirmos com gentileza para com os outros, se respeitarmos a sua forma de
ser, de agir e de pensar, a sua dignidade e liberdade e soubermos, sempre, que
esse outro é quem está próximo de nós, na nossa casa, na nossa rua, na nossa
escola, no nosso mundo!
O ataque, a violência, a destruição e a morte nunca serão a
solução para nada! O mundo precisa de construtores de paz! De pessoas
tolerantes e solidárias. A nossa vida tem de ser um tempo em que possamos
crescer e viver sem a palavra “inimigo”. A paz tem de ser um património da
humanidade, ambicionado, assumido e sustentado na partilha e na solidariedade e
se assim não for perde o mundo e perde o futuro. Perdemos todos!
No seu poema, Sophia de Mello Breyner, que era crente, pediu
a Deus uma paz sem vencedores nem vencidos, mas não é preciso acreditar em Deus
para ser promotor de paz. Basta ser humano!
Nestes dias, a nossa humanidade e espírito solidário estão
voltados para o povo ucraniano que sofre este pesadelo da guerra. A recolha e
entrega de bens e o simbolismo da bandeira são uma marca relevante da nossa
ação em favor da Ucrânia, mas o diálogo, a tolerância e a verdade são os
valores que nos podem conduzir à paz!
À verdadeira PAZ.
(Texto feito na aula de Português da Turma 9B1, depois da
análise do poema “A Paz sem Vencedor e sem Vencidos” de Sophia de Mello Breyner
Andresen)
Na minha opinião, esta guerra é injusta para a Ucrânia. As
crianças têm que interromper a escola e fugir. Os habitantes da Ucrânia têm de
abandonar as suas casas e os seus bens. Deixam tudo para trás, para fugir das
bombas e de um presidente que não sabe o que é o amor de família…
Ana Peixoto 5º C1
As guerras são conflitos que provocam consequências desastrosas
para os países direta ou indiretamente envolvidos.
No passado dia 24 de fevereiro a Rússia invadiu a Ucrânia,
trazendo a guerra para o continente Europeu.
Na minha opinião, esta guerra, assim como qualquer outra,
não faz sentido e trará graves consequências.
Em primeiro lugar, a guerra provoca muitas mortes, feridos e
traumas nos soldados e famílias.
Em segundo lugar, haverá graves prejuízos para a economia,
não só da Ucrânia, mas também mundial.
Em terceiro lugar, as guerras provocam a destruição de
edifícios, monumentos, pontes, estradas que demoram a ser recuperados e nem
sempre é possível fazê-lo.
Em conclusão, penso que para resolver os conflitos se
deveria recorrer ao diálogo, pois a guerra provoca mais problemas do que
soluções.
Constança Araújo, 5º B1
Na minha opinião, a Rússia não devia ter atacado a Ucrânia,
pois esta guerra poderá vir a tornar-se algo mais grave. Vladimir Putin
(Presidente da Rússia) é um sem coração, porque manda tropas atacar e mísseis
enquanto dezenas de pessoas inocentes morrem.
Eu acho que alguns Russos não querem guerra, mas também acho
que alguns são a favor da guerra e atacam a Ucrânia com um sorriso no rosto.
A Ucrânia tem vindo a surpreender muito, por ter uma grande
coragem e tentar defender o seu país e isso dá-me muito orgulho dos Ucranianos.
Eu apenas desejo Paz para a Ucrânia. Parem com a guerra, por favor!
Maria 5º C1
Por último, todos os alunos, em simultâneo, ergueram as
cores amarela e azuis ao som da música
“Somewhere over the Rainbow”formando a bandeira ucraniana. Desejamos que
este nosso humilde contributo possa espalhar-se pelo mundo de forma a que a
união prevaleça no coração da humanidade.
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